Natulab transforma sua gestão e reduz dívida em mais de 50% em um ano de mudanças rápidas

A Natulab, farmacêutica brasileira especializada em medicamentos sem prescrição e fitoterápicos, está prestes a completar um ano de transformações significativas. O presidente do conselho, Ronnie Motta, destacou que a empresa, que possui mais de duas décadas de história, conseguiu positivar seu patrimônio líquido e reduzir sua dívida, que antes era de nove dígitos. Após a aquisição do controle pela Pettra, o fundo comprou a participação do Pátria e enfrentou contestações judiciais de minoritários italianos que não concordaram com os termos da venda.

Com um aporte de aproximadamente R$ 180 milhões, a Natulab obteve recursos para recompor estoques e aumentar seu quadro de funcionários em 10%. Motta afirmou que a dívida, que era de R$ 240 milhões, foi reduzida para menos da metade, e a empresa terminou 2024 com o maior Ebitda de sua história. O faturamento cresceu 35%, embora o volume de unidades vendidas tenha permanecido em 150 milhões. A empresa ajustou seu portfólio para garantir margens positivas em suas vendas.

A Natulab, que produz medicamentos como o calmante Seakalm e a dipirona Maxalgina, possui 98 marcas ativas e fornece produtos para 95% das farmácias brasileiras. Apesar de estar presente nas grandes redes, apenas 20% de sua receita provém delas. Para aumentar sua presença, a farmacêutica tem investido em marketing e publicidade, buscando notoriedade e valor no mercado.

Com uma capacidade produtiva atual de 240 milhões de unidades, a Natulab está expandindo suas operações e investindo R$ 50 milhões em novas máquinas. A empresa planeja reativar marcas de suplementos e aumentar sua produção para 180 milhões a 200 milhões de unidades em 2025. Além disso, a Natulab considera a possibilidade de dividir suas operações em unidades de negócio distintas e explorar novas categorias, como cosméticos e higiene pessoal.