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19 de fev 2025

Exploração na Margem Equatorial gera conflito entre governo e ambientalistas sobre petróleo

A Petrobras planeja investir 7,9 bilhões de dólares até 2029 em petróleo. Estudo do IEPA alerta sobre riscos de derramamento na Bacia da Foz do Amazonas. Greenpeace critica exploração e pede investimento em energias renováveis. Presidente defende exploração como vetor de desenvolvimento econômico regional. Debate sobre descarbonização é crucial, especialmente com a COP 30 no Brasil.

Foto:Reprodução

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A Petrobras anunciou que investirá 7,9 bilhões de dólares na exploração de petróleo até 2029, com a perfuração de 51 novos poços, sendo 15 na Margem Equatorial, que abrange os estados do Amapá, Amazonas e Rio Grande do Norte. O plano estratégico da empresa inclui um aporte de 3 bilhões de dólares nessa região nos próximos cinco anos, visando atender à crescente demanda por energia com tecnologia que assegure segurança operacional e proteção ambiental.

Entretanto, a exploração gera controvérsias. O Greenpeace Brasil critica a decisão, destacando que a Margem Equatorial abriga um sistema recifal vital para o Oceano Atlântico e para as comunidades locais. O Greenpeace ressalta que ignorar as avaliações técnicas sobre a sensibilidade ambiental da área é irresponsável. Um estudo recente do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), em parceria com o Greenpeace, alertou que um derramamento de óleo poderia afetar centenas de quilômetros de costa, impactando a vida marinha e as populações costeiras.

Pablo Nava, especialista em transição energética do Greenpeace, sugere que a Petrobras redirecione seus investimentos para fontes renováveis, enfatizando que a empresa deve se transformar em uma empresa de energia e não apenas em uma exploradora de petróleo. Ele argumenta que, para limitar o aquecimento global a 1,5°C, as emissões de gases de efeito estufa precisam ser reduzidas em 60% até 2035. Nava critica a postura do Brasil, que, segundo ele, está indo na contramão das iniciativas globais de descarbonização.

O presidente Lula defendeu a exploração na Margem Equatorial, citando a riqueza do petróleo nos países vizinhos, como Guiana e Suriname. Ele argumentou que o Brasil não pode ignorar a possibilidade de riqueza em suas águas, enquanto os vizinhos se beneficiam. O Greenpeace, por sua vez, alerta que associar a extração de recursos ao desenvolvimento econômico é um equívoco, especialmente em um ano em que o Brasil sedia a COP 30. Nava sugere que o país deve explorar alternativas energéticas em vez de seguir o modelo baseado no petróleo.

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