02 de jun 2025
Petrobras e Ibama enfrentam impasse sobre exploração na Margem Equatorial
Petrobras enfrenta impasse com Ibama sobre Margem Equatorial; economista alerta que falta de licença pode afetar economia e investidores.
Foto:Reprodução
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HOUSTON - A Petrobras enfrenta um impasse com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre a exploração da Margem Equatorial, uma área promissora para a produção de petróleo. O economista Kenneth Medlock III, diretor sênior do Centro de Estudos sobre Energia da Rice University, alerta que a falta de licença pode prejudicar a economia brasileira e afastar investidores estrangeiros.
Medlock destaca que “o Brasil perderá a oportunidade de gerar riqueza monetizando seus recursos petrolíferos” se a licença para os testes exploratórios não for concedida. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizará um leilão no próximo mês, com 47 blocos na Bacia da Foz do Amazonas, onde a Petrobras tenta perfurar o primeiro poço após ter seu pedido negado pelo Ibama em 2023.
Impactos Econômicos
O economista menciona que a incerteza gerada pela falta de licenciamento está criando uma perspectiva negativa para a economia global. A demanda por petróleo não está desaparecendo, e a Petrobras precisa demonstrar que pode expandir sua produção enquanto mantém um compromisso ambiental. “Se a Margem Equatorial for liberada para exploração, o capital estrangeiro terá melhores oportunidades no Brasil”, afirma Medlock.
Além disso, ele ressalta que a exploração dos recursos na região poderia financiar iniciativas para reduzir a remoção ilegal de madeira e outras mudanças no uso da terra, beneficiando o meio ambiente. As avaliações de recursos na área são positivas, mas é necessário comprovar a viabilidade comercial antes de afirmar que a exploração será transformadora para o Brasil.
Medlock conclui que, sem o aval para a Margem Equatorial, o interesse de investidores estrangeiros pode diminuir, levando-os a buscar áreas mais promissoras.
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