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13 de mar 2025

Desaceleração econômica sinaliza eficácia da política monetária no Brasil

O PIB do quarto trimestre de 2024 ficou abaixo do esperado, sinalizando desaceleração. A política monetária restritiva do Banco Central começa a mostrar efeitos tardios. O consumo das famílias e o investimento produtivo desaceleraram, impactando a arrecadação. O governo enfrenta dilema entre estimular a economia ou manter controle fiscal. A trajetória econômica nos próximos meses será crucial para decisões políticas e monetárias.

Foto:Reprodução

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A divulgação do PIB do quarto trimestre de 2024 revelou que a atividade econômica brasileira ficou abaixo do esperado, evidenciando uma desaceleração que já era perceptível em indicadores anteriores. Desde dezembro, sinais de arrefecimento, especialmente no setor de serviços e no consumo das famílias, indicavam que a política monetária restritiva do Banco Central poderia estar começando a surtir efeito. Ao longo de 2024, o Banco Central implementou um dos ciclos de aperto monetário mais severos da história, elevando os juros reais a níveis historicamente altos e sinalizando novas altas para o primeiro semestre de 2025.

Apesar das altas taxas de juros, a economia manteve-se resiliente durante boa parte do ano, com o mercado de trabalho e o consumo ainda fortes. Essa situação desafiou a teoria sobre a eficácia da política monetária, levantando questões sobre a dominância fiscal, onde estímulos fiscais e incentivos ao crédito impedem que os juros tenham o impacto desejado. No final de 2024, a desvalorização do real levou o Banco Central a intervir no câmbio, utilizando reservas internacionais em um volume inédito para conter a alta da moeda.

Com o PIB abaixo do esperado, há indícios de que a economia pode estar respondendo aos estímulos da política monetária. O consumo das famílias, motor do crescimento em 2024, começou a desacelerar devido ao aumento dos juros e à redução do crédito. O investimento produtivo também foi afetado, com empresas adiando projetos por conta do custo elevado do capital. A arrecadação do governo, que vinha crescendo, começou a perder força, sinalizando uma desaceleração que pode complicar a estratégia fiscal para 2025.

Diante desse cenário, o governo enfrenta um dilema: permitir a desaceleração controlada ou intervir para estimular o crescimento. Historicamente, períodos de desaceleração em anos pré-eleitorais levam a medidas expansionistas, como aumento de gastos governamentais. Se essa abordagem for adotada, a queda da inflação poderá ser comprometida, prolongando a alta dos juros. Os próximos meses serão decisivos para a economia brasileira, com a possibilidade de ajustes na taxa de juros dependendo das ações do governo frente à desaceleração.

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