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21 de mar 2025

Lucro de R$ 10,2 bilhões dos planos de saúde gera críticas de fornecedores e servidores da ANS

Planos de saúde lucram R$ 10,2 bilhões, mas fornecedores de materiais médicos enfrentam crise com R$ 3,8 bilhões retidos. A Abraidi denuncia falta de transparência e práticas prejudiciais no setor.

Foto:Reprodução

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Desde a divulgação do lucro de R$ 10,2 bilhões dos planos de saúde médico-hospitalares em 2024, a Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (Abraidi) tem recebido um volume crescente de chamadas de seus associados. Os fornecedores, que incluem empresas que comercializam stents, marcapassos e próteses, estão preocupados, especialmente após as operadoras deixarem de pagar R$ 3,8 bilhões ao setor no ano anterior. Desses, R$ 2,3 bilhões referem-se à retenção de faturamento, que ocorre quando produtos já utilizados e previamente aprovados não têm seu faturamento autorizado.

O gerente executivo da Abraidi, Davi Uemoto, destacou que cerca de 20% do faturamento das empresas está retido, o que gera dificuldades financeiras. Ele explica que as empresas enfrentam prazos longos para a autorização de notas fiscais, o que resulta em problemas fiscais e tributários. Quando conseguem a autorização, muitas vezes são submetidas a prazos extensos para recebimento ou a pedidos de descontos que comprometem a saúde financeira das empresas.

A associação também planeja divulgar uma nota que enfatiza as dificuldades enfrentadas pelas empresas do setor e as operadoras de planos de saúde. O texto, assinado pelo presidente do Conselho de Administração da Abraidi, Sérgio Rocha, aponta que o lucro elevado dos planos de saúde poderia, em teoria, melhorar as relações com os fornecedores. No entanto, na prática, as empresas enfrentam um desequilíbrio nas relações comerciais, sendo forçadas a aceitar condições unilaterais ou a se afastarem do mercado.

A situação também foi abordada pela Associação dos Servidores e Trabalhadores da ANS, que criticou a normalização de práticas como reajustes anuais de dois dígitos e cancelamentos unilaterais de contratos. A associação defende que operadoras e entidades de defesa do consumidor devem colaborar com a ANS para promover uma operação mais racional e justa no setor, destacando a necessidade de maior transparência nas cláusulas de reajuste e um aumento no número de consumidores agrupados para a aplicação de reajustes.

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