Petróleo avança 1% com anúncio de tarifas de Trump sobre compras da Venezuela

Os preços do petróleo registraram um aumento de 1% nesta segunda-feira, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a imposição de uma tarifa de 25% sobre os países que adquirirem petróleo e gás da Venezuela. Contudo, os ganhos foram limitados pela decisão dos EUA de conceder à Chevron um prazo até 27 de maio para encerrar suas operações e exportações de petróleo venezuelano. Inicialmente, a empresa tinha um período de 30 dias, a partir de 4 de março, para cumprir essa determinação.

Essas medidas, embora aliviem parcialmente a pressão sobre a Chevron, aumentam a tensão sobre outros consumidores de petróleo da Venezuela. A aplicação da tarifa por parte do governo Trump ainda permanece incerta. Os futuros do petróleo Brent subiram 1,2%, alcançando US$ 73 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA também subiu 1,2%, atingindo US$ 69,11.

Além disso, a Opep+ deve continuar com o aumento planejado da produção de petróleo em maio, conforme informações de fontes do setor. As negociações para resolver a guerra na Ucrânia também estão em andamento, o que poderia facilitar o aumento do fornecimento de petróleo russo nos mercados globais. Dennis Kissler, vice-presidente sênior de negociações do BOK Financial, comentou que houve um "pequeno choque de oferta" devido à perda de barris da Venezuela, o que representa uma força de alta para os preços.

Os investidores permanecem atentos a possíveis restrições mais rigorosas ao Irã, que também podem impactar o mercado de petróleo. A combinação de fatores geopolíticos e decisões de produção da Opep+ está moldando o cenário atual do mercado, refletindo a complexidade das dinâmicas de oferta e demanda no setor energético.