Shein e Temu enfrentam quedas nas vendas após aumento de preços nos EUA

As plataformas de compras Shein e Temu enfrentam dificuldades após o aumento das tarifas de importação nos Estados Unidos. Ambas registraram quedas significativas nas vendas, com a Shein apresentando uma redução de 23% e a Temu de 17% na semana de 25 de abril a 1º de maio.

As vendas caíram após o ajuste de preços para cobrir os custos adicionais impostos pelas tarifas. Antes do aumento, houve um acúmulo de compras, mas a nova realidade mostra uma reação negativa dos consumidores. A decisão do ex-presidente Donald Trump de remover a brecha fiscal “de minimis” impactou diretamente a operação das empresas, que dependem da importação de produtos da China.

Ajustes de Preços e Mudanças de Modelo

A Shein e a Temu ajustaram seus preços a partir de 25 de abril, repassando quase todos os novos impostos de importação aos consumidores. O preço médio dos produtos da Shein, por exemplo, subiu entre 30% e 50%. Os itens de beleza e saúde tiveram um aumento superior a 100% em comparação com meados de abril.

A Temu, por sua vez, planeja mudar seu modelo de negócios, abandonando as importações da China e focando em produtos de comerciantes locais nos Estados Unidos. Essa estratégia visa evitar as tarifas de importação e já está sendo implementada, com a exibição de produtos de armazéns locais.

Impacto no Mercado

O aumento das tarifas também afeta a confiança do consumidor, que caiu para uma baixa de quase cinco anos em abril. A inflação já é uma preocupação, e novos aumentos de preços podem impactar ainda mais o mercado. Varejistas como Walmart e Target ainda não repassaram os custos, mas fornecedores chineses indicam que não absorverão as tarifas.

A situação das plataformas de compras online reflete um cenário desafiador, onde a adaptação às novas condições de mercado será crucial para a sobrevivência e competitividade.