Dasa supera riscos financeiros e registra crescimento no primeiro trimestre de 2025

A Dasa, uma das principais empresas de saúde do Brasil, superou riscos de quebra de covenants, que a afetaram nos últimos dezoito meses. No primeiro trimestre de 2025, a companhia registrou um Ebitda de R$ 708 milhões, o melhor resultado para o período e uma redução na alavancagem.

O CEO da Dasa, Lício Cintra, afirmou que a empresa agora pode tomar decisões mais estratégicas, sem a pressão dos covenants. "Estamos contentes com os rumos da operação", disse. A joint venture com a Amil foi concluída, e mudanças na diretoria foram anunciadas, com foco na eficiência operacional.

A margem Ebitda aumentou 1,4 ponto percentual, alcançando 18,5%. A alavancagem caiu de 5,14x para 4,17x em um ano. A geração de caixa operacional melhorou, embora ainda negativa, com uma queima de R$ 43 milhões, uma redução de R$ 175 milhões em relação ao trimestre anterior.

Mudanças na Diretoria

Cintra também destacou a importância das mudanças na diretoria, com Rafael Lucchesi assumindo como CEO em julho. Cintra se dedicará à Ímpar Serviços Hospitalares, resultante da joint venture com a Amil. A expectativa é que a nova marca, Rede Américas, traga maior eficiência operacional.

O fechamento da joint venture ocorreu em 1º de abril, e a Dasa espera uma nova redução na alavancagem no segundo trimestre, com a transferência de R$ 3,5 bilhões em dívidas para a nova unidade. A empresa já se mostra diferente em comparação aos últimos meses, com um foco renovado em eficiência e crescimento.

As ações da Dasa subiram 2,91% antes da divulgação dos resultados, mas acumulam uma queda de cerca de 5% no ano e 50% nos últimos doze meses, refletindo o desafio de recuperar a confiança dos investidores.