O dólar caiu 0,35% após os Estados Unidos atacarem usinas nucleares no Irã, sendo negociado a R$ 5,506. O preço do petróleo também despencou quase 7%, com o barril de Brent abaixo de US$ 75. O Ibovespa recuou 0,54%, alcançando 136.376,42 pontos, com um volume financeiro acima de R$ 9 bilhões. O ataque dos EUA marca uma escalada no conflito, que já contava com ações de Israel. Após os bombardeios, o parlamento iraniano aprovou a possibilidade de bloquear o Estreito de Ormuz, uma rota importante para o transporte de petróleo, mas essa decisão ainda precisa de mais aprovações. Especialistas acreditam que um fechamento do estreito poderia aumentar os preços do petróleo, mas a dependência do Irã das exportações torna essa possibilidade incerta.
O dólar caiu 0,35% na primeira sessão após o ataque dos Estados Unidos a usinas nucleares no Irã, enquanto o preço do petróleo despencou quase 7%. Às 15h25, a moeda norte-americana era negociada a R$ 5,506. O movimento reverte a tendência de alta observada nos últimos dias, quando a divisa superou a barreira de R$ 5,50.
O Ibovespa também apresentou perdas, recuando 0,54% e alcançando 136.376,42 pontos. O volume financeiro da sessão ultrapassou R$ 9 bilhões. O ataque a três usinas nucleares iranianas marca a entrada dos EUA no conflito, que já contava com a ofensiva israelense desde o dia 13.
Após os ataques, o parlamento iraniano aprovou a possibilidade de bloquear o Estreito de Ormuz, uma rota vital para o transporte de 20% do petróleo mundial. A decisão, no entanto, ainda depende de aprovações do Conselho Supremo de Segurança Nacional e do líder supremo, Ali Khamenei. Alison Correia, analista da Dom Investimentos, afirma que um fechamento efetivo da rota poderia intensificar os ataques dos EUA.
O preço do barril de petróleo Brent caiu para menos de US$ 75, mesmo com uma alta acumulada de mais de 10% em junho. A expectativa de que os EUA intensifiquem sua participação no conflito gerou incertezas no mercado. João Alfredo Nyegray, professor de Negócios Internacionais da PUC-PR, observa que a queda nos preços reflete a esperança de que o Estreito de Ormuz não seja fechado.
Analistas como Paula Zogbi, da Nomad, indicam que as baixas variações no mercado financeiro sugerem um possível apaziguamento do conflito. Omar Mitre, do ASA, ressalta que a dependência da economia iraniana das exportações de petróleo torna improvável um bloqueio efetivo. A possibilidade de fechamento do estreito poderia elevar os preços do barril a até US$ 130, impactando diversas cadeias produtivas globais.
