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Negociadores de petróleo surpreendem e fazem preços caírem durante conflito

O ataque do Irã a uma base dos EUA no Qatar provocou queda abrupta de 7,2% no preço do petróleo, sinalizando resiliência do mercado.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Mapa mostrando o estreito de Hormuz e o Irã atrás de uma miniatura do presidente dos EUA, Donald Trump. O Irã promoveu nesta segunda (23) a retaliação pelo ataque americano contra a maior base dos EUA no Oriente Médio, no Qatar. (Foto: Dado Ruvic/Reuters)
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Na segunda-feira, o Irã lançou mísseis contra uma base aérea dos EUA no Qatar, e o mercado de petróleo reagiu de forma surpreendente. Em poucos minutos, o preço do petróleo Brent começou a cair, perdendo 7,2% em menos de uma hora, o que representa a maior queda diária em quase três anos. Os traders acreditaram que os ataques eram simbólicos e não aumentariam as tensões na região, especialmente porque a base estava vazia e as aeronaves americanas já haviam sido retiradas. O fluxo de petróleo e gás não foi interrompido, e o Irã até aumentou suas exportações. O mercado mostrou resiliência, com traders mantendo a circulação de barris mesmo em momentos de tensão. Analistas esperam que o mercado continue sob pressão, com um excesso de petróleo previsto até o final do ano, enquanto a Opep+ e os produtores de xisto dos EUA aumentam a produção. A Casa Branca não usou a Reserva Estratégica de Petróleo, confiando em outras fontes. Com a percepção de que o Irã não intensificará suas ações, os traders estão focados na estabilidade do estreito de Hormuz, o que pode levar os preços a se alinharem mais com a oferta e a demanda.

Quando o Irã disparou mísseis contra uma base aérea dos EUA no Qatar na segunda-feira (23), o mercado de petróleo reagiu de forma inesperada. Em apenas sete minutos após o ataque, o preço do Brent começou a cair, refletindo uma venda rápida por parte dos traders. Em 20 minutos, a perda já era de 3%, e às 19h30 (15h30 no horário de Brasília), o valor havia despencado 7,2%, atingindo US$ 71,48, a maior queda diária em quase três anos.

A reação do mercado surpreendeu muitos, pois, mesmo com imagens de mísseis sendo lançados, os negociadores acreditaram que os ataques eram simbólicos e não escalariam as tensões no estreito de Hormuz. Jorge Montepeque, analista da Onyx Capital Group, afirmou que a base estava vazia, o que reforçou a ideia de que o Irã não buscava uma escalada maior no conflito.

Análise do Mercado

Os traders estavam atentos a imagens de satélite da base de Al Udeid, que mostravam a retirada de aeronaves americanas dias antes do ataque. Essa informação levou à conclusão de que os mísseis lançados pelo Irã eram uma resposta controlada, sem intenção de atingir a infraestrutura petrolífera da região. O fluxo de petróleo e gás continuou sem interrupções, com o Irã aumentando suas exportações devido à incapacidade de refinar todo o petróleo bruto internamente.

A dinâmica do mercado de petróleo também se mostrou resiliente. Os traders têm se mostrado habilidosos em manter os barris em circulação, mesmo em momentos de tensão. A queda nos preços na segunda-feira ecoou o comportamento anterior, quando os preços subiram após ataques aéreos israelenses, mas logo se estabilizaram com sinais de busca por negociações de paz.

Expectativas Futuras

A expectativa é que o mercado continue sob pressão, com analistas prevendo um excesso de petróleo até o final do ano. O cartel Opep+ aumentou sua produção, enquanto os produtores de xisto dos EUA mantêm níveis recordes. Helima Croft, estrategista da RBC, destacou que a Casa Branca não recorreu à Reserva Estratégica de Petróleo, confiando em outras fontes de barris.

Com o sentimento de que o Irã não pode intensificar suas ações, o foco dos traders se volta para a estabilidade do estreito de Hormuz. A remoção do prêmio de risco no mercado de petróleo sugere que, à medida que as tensões diminuem, os preços devem se alinhar mais aos fundamentos do mercado.

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