10 de jul 2025
Minerva sofre forte queda na Bolsa após tarifas de Trump impactarem ações
Minerva enfrenta queda de ações após tarifa de 50% dos EUA, prevendo impacto de até 5% na receita líquida. Mercado avalia novas estratégias.

Vaca engraçada se engasga com a própria língua, retrato de um bovino comendo de boca aberta, mostrando gengivas e língua (Foto: Getty Images)
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As ações da Minerva (BEEF3) enfrentaram uma queda de 9,5% nesta quinta-feira, 10, após o anúncio de uma tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O impacto na receita líquida da empresa pode chegar a 5%, segundo estimativas.
A nova tarifa, que entrará em vigor em 1º de agosto, foi oficializada em uma carta do presidente dos EUA, Donald Trump, ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. A Minerva, que direciona cerca de 16% de suas vendas ao mercado americano, é uma das mais expostas a essa medida. A empresa já havia enfrentado desafios devido à desvalorização do real e à dependência de suas exportações para os EUA, que representam aproximadamente 15% de sua receita bruta.
Analistas da XP projetam que o impacto real na receita de exportação da Minerva deve variar entre 8% e 15%. Embora a empresa possa redirecionar volumes para outros mercados, isso pode resultar em custos mais altos nas margens. O preço médio de exportação do Brasil para os EUA em junho foi de US$ 5.600 por tonelada, comparado a US$ 5.494 para a China e US$ 5.357 para outros destinos.
Reações do Mercado
A JBS (JBSS32), que tem apenas 4% de suas vendas destinadas aos EUA, é vista como uma "vencedora relativa" neste cenário. As ações da JBS apresentaram leve alta de 0,08% em Nova York, enquanto a Marfrig (MRFG3) caiu 3,95%. A diversificação das operações da JBS a torna menos vulnerável a políticas comerciais específicas.
A depreciação do real, que ultrapassou R$ 5,60, pode ajudar a mitigar os impactos das tarifas para a Minerva. Analistas do Goldman Sachs destacam que a estrutura de custos da empresa é sensível às variações cambiais, o que pode compensar a perda de volume de vendas. No entanto, a alta da Selic e a expectativa de manutenção das taxas elevadas no Brasil representam um risco adicional, especialmente para empresas com maior alavancagem.
A situação continua a evoluir, e os impactos da nova tarifa ainda estão sendo avaliados por especialistas do setor.
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