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01 de ago 2025

Frigoríficos brasileiros nos EUA enfrentam menos impacto das tarifas de Trump

Frigoríficos brasileiros enfrentam pressão com nova tarifa de 50% dos EUA, que pode alterar dinâmica do mercado interno e preços da carne.

Frigoríficos com unidades nos Estados Unidos estão blindados dos efeitos do tarifaço (Foto: Paulo Whitaker)

Frigoríficos com unidades nos Estados Unidos estão blindados dos efeitos do tarifaço (Foto: Paulo Whitaker)

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Os frigoríficos brasileiros enfrentam um novo desafio no mercado de exportação de carne bovina. A partir de 6 de agosto, os Estados Unidos implementarão uma tarifa de 50% sobre as importações desse produto, o que deve impactar mais intensamente as empresas com operações concentradas no Brasil.

Frigoríficos como JBS e Marfrig, que possuem plantas em outros países, poderão minimizar os efeitos da tarifa, exportando carne processada fora do Brasil. Thiago Bernardino de Carvalho, coordenador de pecuária do Cepea, destaca que esses frigoríficos têm uma vantagem geográfica. A JBS, por exemplo, opera unidades na Austrália e no Canadá, enquanto a Marfrig, que obtém 46% de sua receita dos EUA, utiliza a National Beef, adquirida em 2018, para acessar o mercado americano.

Por outro lado, frigoríficos sem operações nos EUA enfrentarão uma concorrência acirrada no mercado interno. A carne que seria exportada pode ser redirecionada para o Brasil, pressionando os preços. Carvalho observa que essa situação pode resultar em uma competição mais intensa entre as empresas locais.

O impacto da nova tarifa já é visível no mercado financeiro. Após a assinatura da ordem executiva pelo presidente dos EUA, as ações das empresas brasileiras apresentaram oscilações significativas. A JBS teve uma alta de 2,99% na NYSE, enquanto a Marfrig caiu 10,20%. No entanto, as ações começaram a se recuperar, com a BRF subindo 1,35% e a Minerva Foods registrando um aumento de 8,22% na Bovespa.

Apesar das dificuldades, Carvalho acredita que os Estados Unidos podem ser mais prejudicados pela tarifa do que o Brasil, já que as exportações para o país representam menos de 5% da produção brasileira. Além disso, os preços da carne bovina brasileira em dólar são mais competitivos em comparação com outros países. A pressão sobre os EUA pode aumentar, especialmente com estoques globais de carne em níveis baixos, o que pode resultar em inflação para os consumidores americanos.

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