Eduardo Bolsonaro critica Moraes e sugere que STF pode resolver tarifas dos EUA

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao afirmar que ele é o responsável pela tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Em entrevista à Revista Oeste, Eduardo sugeriu que a reversão dessa tarifa deve estar condicionada a uma “anistia ampla, geral e irrestrita”, ligando a questão a um acordo político interno e criticando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Críticas ao STF e ao Governo Lula

Eduardo, que atualmente reside nos Estados Unidos, argumentou que as decisões do STF, especialmente as relacionadas à regulação de redes sociais, têm prejudicado as relações diplomáticas com Washington. Ele destacou que a carta enviada por Donald Trump a Lula, na qual o ex-presidente americano critica o STF, reflete a gravidade da situação. “Os problemas ali são quase todos relativos ao Alexandre de Moraes”, afirmou.

Além disso, o deputado criticou a postura do governo Lula em eventos internacionais, como a cúpula do Brics, e um suposto alinhamento com regimes como Irã e Hamas. Para ele, a atuação do STF foi o principal fator que levou à imposição da tarifa, afirmando que a Corte “comprou briga com os americanos”.

Proposta de Anistia e Reações

Eduardo Bolsonaro já havia manifestado em suas redes sociais que a solução para a tarifa não deve depender do ex-presidente Jair Bolsonaro, enfatizando que a pressão sobre ele não resolverá o problema. A proposta de anistia ampla também ecoa a defesa de setores bolsonaristas em relação aos eventos de 8 de janeiro de 2023.

Enquanto isso, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), busca se posicionar como um interlocutor viável junto aos EUA. Após reunião com o chefe da missão diplomática americana no Brasil, Tarcísio defendeu a necessidade de soluções técnicas e diálogo com o setor produtivo, ressaltando que “narrativas não resolverão o problema”.

A situação atual revela um cenário de tensões diplomáticas e políticas internas que podem impactar as relações do Brasil com os Estados Unidos, enquanto o governo Lula avalia possíveis medidas de retaliação com base na Lei da Reciprocidade Econômica.