Comitiva aos EUA é considerada “fadada ao fracasso” por Eduardo, que defende anistia

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou a missão de senadores que viajarão aos Estados Unidos entre os dias 29 e 31 de julho para negociar a revogação da tarifa de 50% imposta a produtos brasileiros. Em suas declarações, Eduardo afirmou que a iniciativa está “fadada ao fracasso” e que a única forma de reverter essa situação seria por meio de uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos condenados pelos eventos de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Eduardo Bolsonaro expressou sua insatisfação em uma postagem na rede social X, destacando que a missão não representa o ex-presidente. Ele argumentou que a tarifa imposta por Donald Trump é uma resposta à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente em relação ao ministro Alexandre de Moraes, que conduz investigações sobre a tentativa de golpe. O deputado classificou como “ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS” os pedidos do STF para remoção de conteúdos em plataformas americanas.

Críticas à Missão Diplomática

O parlamentar, que se encontra autoexilado nos EUA desde março, criticou a presença de senadores ligados ao governo e à oposição na missão diplomática. Para ele, essa iniciativa apenas adia o enfrentamento de problemas reais e representa um “gesto de desrespeito” à posição de Trump. Eduardo também ressaltou que as sanções americanas só poderiam ser revertidas com um gesto político do Congresso brasileiro.

Apesar de ter encerrado sua licença parlamentar de 120 dias, Eduardo Bolsonaro afirmou que pretende permanecer nos Estados Unidos até perder o mandato. Durante sua estadia, ele se reuniu com autoridades americanas e solicitou a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes, uma medida que visa punir agentes de regimes autoritários e violadores de direitos humanos.