11 de jul 2025
Galeria de arte de Los Angeles anuncia fechamento e dono explica motivos
Tim Blum fecha galerias em Los Angeles e Tóquio, evidenciando a crise no mercado de arte e a queda na base de clientes.

O marchand Tim Blum, que decidiu fechar sua galeria, uma das mais importantes de LA (Foto: Adali Schell/ The New York Times)
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O marchand Tim Blum anunciou o fechamento de suas galerias em Los Angeles e Tóquio, além da possível venda do espaço em Nova York. A decisão reflete a crise no mercado de arte, que enfrenta custos crescentes e uma queda nas vendas, acentuada pela pandemia.
Durante a Art Basel, Blum chegou ao evento com 85% das vendas já realizadas, mas a experiência foi decepcionante. Apesar da presença de muitos visitantes, ele notou a falta de compradores sérios. “Um colecionador me disse que estava lá apenas para a festa”, lembrou. O custo de participação na feira foi de US$ 450 mil, e, mesmo com um pequeno lucro, a sustentabilidade do negócio se tornou insustentável.
A galeria, que foi fundamental para a cena artística de Los Angeles, viu sua base de clientes diminuir. Blum, que tinha quase 50 funcionários, agora enfrenta a necessidade de demissões e busca novos caminhos. “O fechamento foi uma tarefa árdua”, afirmou, ressaltando a dificuldade de lidar com a realidade do mercado.
Mudanças no Cenário Artístico
O fechamento de Blum não é um caso isolado. Adam Lindemann também anunciou o encerramento da galeria Venus Over Manhattan após 14 anos, optando por se afastar das vendas. O mercado de arte passou a depender mais de negócios privados, com 25% das vendas ocorrendo fora das exposições tradicionais.
A pandemia alterou os hábitos dos colecionadores e gerou um boom especulativo que prejudicou novos compradores. Blum reconheceu que o setor se tornou insustentável, com custos fixos elevados e uma concorrência crescente, especialmente com a chegada de grandes galerias como Hauser & Wirth.
O Futuro de Tim Blum
Agora, Blum está reduzindo suas operações e se dedicando a um projeto pessoal no norte da Califórnia, que incluirá uma residência artística e pesquisas sobre medicina com plantas. Ele não descarta a possibilidade de voltar a vender arte, mas em um formato diferente do tradicional. “É quase impossível parar”, concluiu, refletindo sobre sua trajetória no mercado.
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