14 de jul 2025
Crise fiscal compromete fiscalização e afeta serviços públicos essenciais
Cortes orçamentários de 25% nas agências reguladoras afetam fiscalização e comprometem segurança em setores essenciais, como aviação e energia.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pode ser obrigada a reduzir serviços — Foto: Aílton de Freitas / Agência O Globo
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A crise fiscal no Brasil tem gerado impactos diretos na qualidade dos serviços públicos, com cortes orçamentários de 25% nas agências reguladoras. Essa situação compromete a fiscalização em setores essenciais, como água, energia e aviação, afetando a segurança e o bem-estar da população.
As agências reguladoras, responsáveis por monitorar atividades cruciais, enfrentam dificuldades severas. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), por exemplo, reduziu a frequência de manutenção das estações de monitoramento, essenciais para prever secas e enchentes. Programas como Qualiágua e Progestão foram suspensos, limitando o controle da qualidade da água e a gestão de recursos hídricos.
Na área de energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) demitiu mais de 140 funcionários terceirizados, o que pode aumentar o risco de falhas no fornecimento de energia. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também enfrenta restrições orçamentárias, afetando projetos importantes, como o combate a apostas ilegais e a desinformação.
Impactos na Segurança e Defesa
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pode reduzir em até 60% a supervisão dos sistemas de segurança das operações aéreas. Isso inclui a suspensão de exames para a concessão de licenças a pilotos e mecânicos, aumentando o risco de incidentes. As Forças Armadas também estão sendo afetadas, com a Força Aérea Brasileira (FAB) limitando voos por falta de recursos para combustível e manutenção.
A situação é alarmante, pois a falta de recursos compromete a fiscalização de barragens e a supervisão de atividades mineradoras. A Agência Nacional de Mineração (ANM) opera no limite, podendo suspender contratos essenciais e interromper serviços administrativos. A crise fiscal, portanto, não apenas afeta a eficiência do governo, mas também coloca em risco a segurança e a qualidade de vida da população.
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