17 de jul 2025
Moody’s eleva nota da Argentina e projeta crescimento de 4% até 2025
Moody's eleva nota de crédito da Argentina, destacando reformas de Milei e previsão de crescimento econômico de 4% em 2024.

A nova classificação da Argentina pela Moody's reflete as reformas de Milei (Foto: Natacha Pisarenko/AP)
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A Moody's elevou a nota de crédito da Argentina de Caa3 para Caa1, refletindo as reformas econômicas do governo de Javier Milei. A mudança, anunciada em 17 de outubro de 2023, também alterou a perspectiva de positiva para estável. A agência destacou a liberalização do câmbio e a implementação de um novo programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI) como fatores cruciais para essa melhoria.
A Moody's projeta um crescimento de 4% para a economia argentina em 2024, embora a previsão diminua para 3,5% em 2026. A desinflação, que resultou em aumentos nos salários reais, e o aperto fiscal contribuíram para a ampliação do crédito. A agência acredita que a posição fiscal equilibrada representa uma ruptura com a histórica dominância fiscal do país.
Desafios Persistentes
Apesar da elevação, a Moody's alerta que a Argentina ainda enfrenta desafios significativos, como a fragilidade no financiamento externo e a baixa abertura da conta de capital. A diferença de três degraus entre o teto da moeda local e o rating soberano reflete a crescente previsibilidade da política econômica. A recuperação econômica e o apoio popular às políticas de ajuste do governo podem fortalecer o mandato político de Milei.
A Moody's também enfatiza que a continuidade das reformas estruturais é essencial para mitigar desequilíbrios econômicos e fiscais. A possibilidade de uma nova elevação na nota de crédito está atrelada ao aumento das reservas internacionais, impulsionado por fluxos de moeda estrangeira que não gerem dívida.
Comparação com Outras Agências
A Fitch já havia promovido a Argentina em maio, elevando sua nota de CCC para CCC+. A agência destacou que a recuperação econômica e a desinflação superaram expectativas, embora incertezas sobre o nível de reservas cambiais persistam. A Moody's observa que choques políticos ou econômicos que comprometam a estabilidade macroeconômica podem resultar em um rebaixamento da classificação.




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