Trump impõe novas regras para licenciamento e afeta setor de energias renováveis

A administração Trump, sob a liderança do secretário do Interior, Doug Burgum, anunciou um novo processo de revisão para projetos de energia solar e eólica em terras federais. A medida, que visa aumentar a supervisão sobre esses projetos, foi criticada por representantes da indústria renovável, que a consideram uma forma de obstrução política.

De acordo com um memorando interno do Departamento do Interior, Burgum terá a decisão final sobre arrendamentos, direitos de passagem e planos de construção relacionados a projetos de energia renovável. A administração justifica a mudança como uma forma de "nivelar o campo" para o carvão e o gás natural, setores que enfrentaram dificuldades sob as políticas da administração Biden.

A American Clean Power Association, principal grupo de lobby da indústria renovável, expressou preocupação com a nova burocracia. O CEO da ACP, Jason Grumet, afirmou que a ação representa uma "obstrução que prejudicará as fontes de energia elétrica de crescimento mais rápido". A associação destaca que a adição de camadas de revisão política pode atrasar a produção de eletricidade em um momento em que a demanda está aumentando, especialmente devido ao crescimento de centros de dados de inteligência artificial.

Além disso, a administração Trump está promovendo a One Big Beautiful Bill Act, que elimina incentivos fiscais essenciais para o desenvolvimento de projetos de energia solar e eólica nos Estados Unidos. Essa legislação, juntamente com a nova política de revisão, representa um golpe significativo para a indústria de energias renováveis, que já enfrenta desafios em um mercado competitivo. Atualmente, apenas 5% dos projetos solares e 1% dos projetos eólicos estão localizados em terras federais, segundo dados da ACP.