EUA suspendem US$ 22 bilhões em projetos sustentáveis após nova política de Trump

Após a posse de Donald Trump em janeiro de 2025, os Estados Unidos cancelaram US$ 22 bilhões em investimentos em projetos de energia limpa, revertendo políticas climáticas estabelecidas durante a administração de Joe Biden. Essa mudança drástica reflete um movimento de várias empresas que estão recuando em suas metas ambientais.

Os cortes representam cerca de 17% dos US$ 133 bilhões destinados a iniciativas verdes desde 2022, conforme levantamento da organização E2. Desde a posse de Trump, o investimento em energia limpa caiu drasticamente, com apenas US$ 3 bilhões registrados entre 2023 e o início de 2025. Em junho, o cenário se agravou, com US$ 6,7 bilhões em projetos cancelados, afetando fábricas de baterias e veículos elétricos em estados como Colorado, Indiana e Michigan.

Reversão de Políticas

Um dos primeiros atos de Trump foi retirar os EUA do Acordo de Paris, promovendo uma agenda de exploração de petróleo com o lema “drill, baby, drill”. As novas diretrizes também incluem a eliminação gradual de incentivos fiscais para energia solar, eólica e veículos elétricos, dificultando a transição energética no país.

Entre os projetos mais impactados está o plano de US$ 4,3 bilhões da General Motors para expandir uma fábrica de picapes elétricas em Michigan. A onda de cancelamentos resultou na perda de mais de 5 mil postos de trabalho, evidenciando o impacto negativo das novas políticas sobre o setor de energia limpa.

Impacto Econômico

A recente legislação aprovada pelo Congresso, que reverte isenções fiscais verdes, levanta preocupações sobre o futuro da economia verde nos EUA. Especialistas alertam que essa mudança representa uma "reversão completa" das políticas climáticas de Biden, que havia promovido uma ampla lei climática em 2022, canalizando bilhões para projetos sustentáveis.

A situação atual destaca um retrocesso significativo na transição energética americana, colocando em xeque o potencial de crescimento local impulsionado pela economia verde. A nova administração enfrenta críticas por priorizar a exploração de combustíveis fósseis em detrimento de iniciativas sustentáveis, refletindo uma mudança de paradigma nas políticas energéticas do país.