Ucrânia propõe nova reunião com Rússia para discutir negociações de paz

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou uma nova proposta de negociações de paz com a Rússia, agendada para a próxima semana. A iniciativa, liderada por Rustem Umerov, novo secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, busca um cessar-fogo em meio ao conflito que já dura quase três anos e meio.

Zelensky destacou a urgência de um acordo, afirmando que "tudo deve ser feito para alcançar um cessar-fogo". Ele criticou a postura russa, que, segundo ele, "deve parar de se esconder das decisões". Umerov, ex-ministro da Defesa, foi escolhido para dar novo impulso às negociações, que até agora resultaram em avanços limitados, como trocas de prisioneiros.

Contexto das Negociações

As discussões anteriores, realizadas em Istambul, resultaram apenas em acordos limitados, sem progresso significativo em um cessar-fogo. Zelensky reiterou seu convite para um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, enfatizando que a Ucrânia está pronta para esse diálogo. O presidente ucraniano também mencionou a necessidade de acelerar as negociações, uma vez que a situação continua tensa.

Enquanto isso, a Rússia intensificou seus ataques aéreos, resultando em mortes na Ucrânia. Recentemente, três pessoas foram mortas em Dnipropetrovsk e Odessa devido a mísseis e drones lançados do território russo. Em resposta, a Ucrânia realizou um ataque com drones na região sul de Rostov, causando ferimentos a um trabalhador ferroviário.

Pressão Internacional

A nova rodada de diálogos ocorre em um contexto de crescente pressão internacional sobre Moscou. O presidente dos EUA, Donald Trump, adotou um tom mais severo, ameaçando a Rússia com sanções severas caso um acordo de paz não seja alcançado em 50 dias. Essa postura reflete um esforço mais amplo dos aliados da Ucrânia para facilitar uma solução negociada.

A Rússia, embora tenha manifestado disposição para novas negociações, aguarda uma proposta formal da Ucrânia sobre o cronograma e o formato das discussões futuras. A situação permanece crítica, com a comunidade internacional observando atentamente os desdobramentos das negociações.