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21 de jul 2025

Saneamento avança, mas ainda apresenta problemas graves em diversas regiões

Brasil precisa aumentar investimentos em saneamento para universalizar acesso à água e esgoto até 2033, com foco em regiões críticas.

Município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense (Foto: Guito Moreto / Agência O Globo/08/05/2025)

Município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense (Foto: Guito Moreto / Agência O Globo/08/05/2025)

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O Brasil ainda enfrenta desafios significativos no saneamento básico, com 16,9% da população sem acesso a água potável e 44,8% sem coleta de esgoto. Dados do Instituto Trata Brasil indicam que, para universalizar esses serviços até 2033, os investimentos anuais precisam aumentar de R$ 22,5 bilhões para R$ 46,3 bilhões.

Desde a implementação do Novo Marco Legal do Saneamento em 2020, houve avanços, mas a velocidade das melhorias é insuficiente. Apenas 12 dos cem maiores municípios brasileiros superaram as metas de investimento necessárias. As cidades mais críticas estão concentradas nas regiões Norte e Nordeste, com 14 das 20 piores localizadas nessas áreas, incluindo capitais como Recife e Manaus.

Desigualdades Regionais

A análise revela disparidades na gestão pública. Niterói, por exemplo, ocupa a terceira posição no ranking de saneamento, enquanto São Gonçalo, vizinha, está na 94ª. Essa diferença se deve à privatização dos serviços em Niterói, que permitiu maior capacidade de investimento. Em contraste, cidades como São João de Meriti e Belford Roxo, sob controle estatal até 2021, ainda enfrentam sérios problemas.

O investimento em saneamento é crucial, mas a gestão deve ser planejada a longo prazo. Luana Pretto, presidente executiva do Trata Brasil, destaca que os municípios precisam priorizar o saneamento e abandonar a ideia de que obras enterradas não trazem votos.

Iniciativas e Tecnologias

Recentemente, uma iniciativa no Rio Grande do Sul visa implantar 20 mil km de redes de esgoto em 317 municípios, com a meta de elevar a cobertura de esgoto de 0 a 90% em dez anos. Essa abordagem personalizada é essencial, considerando as particularidades de cada local.

Além disso, tecnologias como sensores e imagens de satélite estão sendo utilizadas para monitorar e reduzir as perdas hídricas, que ainda superam 40% em muitos sistemas. O planejamento de resiliência climática também se torna necessário diante de eventos extremos, garantindo a continuidade dos serviços de abastecimento.

A universalização do saneamento no Brasil depende de um compromisso coletivo com a saúde pública e a sustentabilidade, exigindo sistemas inteligentes e investimentos robustos.

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