24 de jul 2025
Argentina e FMI selam acordo que libera US$ 2 bilhões para o país
FMI libera US$ 2 bilhões para Argentina após revisão do programa de financiamento, impulsionando reformas econômicas sob Javier Milei.

Presidente argentino, Javier Milei (Foto: Kent Nishimura/Bloomberg)
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A Argentina firmou um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para a primeira revisão de seu programa de financiamento de US$ 20 bilhões, permitindo a liberação de US$ 2 bilhões. O desembolso está sujeito à aprovação do conselho executivo do FMI, que deve se reunir até o final de julho. Este avanço é considerado um voto de confiança para o presidente Javier Milei, especialmente com as eleições intermediárias se aproximando em outubro.
Desde a assinatura do acordo em abril, a Argentina implementou reformas significativas, incluindo o relaxamento dos controles cambiais que estavam em vigor desde 2019. O peso agora flutua dentro de uma banda-alvo, permitindo que indivíduos comprem dólares sem restrições. As empresas também podem enviar dividendos ao exterior, embora ainda enfrentem limitações na compra de dólares à taxa oficial.
Desafios e Estratégias
Apesar das dificuldades em acumular reservas em moeda estrangeira, o governo argentino tem buscado alternativas, como a venda de títulos e acordos de recompra com bancos internacionais. O Tesouro começou a adquirir dólares para fortalecer as reservas do banco central, impulsionado por um superávit fiscal.
As perspectivas econômicas são otimistas, com uma previsão de crescimento de 5% para este ano, após dois anos de contração. A inflação mensal apresentou uma desaceleração em maio, atingindo seu menor patamar desde a pandemia, embora tenha mostrado leve aumento em junho. O FMI elogiou os avanços em políticas fiscais e controle da inflação, destacando a estabilidade da taxa de câmbio oficial.
Avanços e Expectativas
O acordo com o FMI e as reformas implementadas pelo governo de Milei são passos cruciais para estabilizar a economia argentina. A instituição financeira destacou que a Argentina conseguiu acessar os mercados de capitais internacionais mais cedo do que o esperado, com a oferta de títulos Bonte com vencimento em 2030 em maio. Essas iniciativas visam criar uma economia mais aberta e resiliente, baseada no mercado, em meio a desafios econômicos persistentes.



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