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25 de jul 2025

Minerais críticos se tornam essenciais nas negociações tarifárias de Trump

EUA e Brasil enfrentam impasse nas negociações comerciais, enquanto tarifa de 50% sobre produtos brasileiros se aproxima.

Serra dos Carajás, onde fica uma das maiores reservas de ferro e outros minerais estratégicos do mundo (Foto: IsabeleC/Wikimedia Commons)

Serra dos Carajás, onde fica uma das maiores reservas de ferro e outros minerais estratégicos do mundo (Foto: IsabeleC/Wikimedia Commons)

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Falta apenas uma semana para a implementação da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo governo de Donald Trump. O impasse nas negociações comerciais entre Brasil e EUA se intensifica, com foco em questões políticas e comerciais.

Minerais críticos, como nióbio e terras raras, emergem como possíveis moedas de troca nas tratativas. O interesse dos EUA por esses recursos estratégicos foi formalizado recentemente e está sendo discutido como uma alternativa para destravar as negociações, que ainda não apresentaram avanços. Esses minerais são essenciais para indústrias de alta tecnologia e transição energética, sendo utilizados em baterias, semicondutores e veículos elétricos.

O Brasil possui a segunda maior reserva de terras raras do mundo e lidera a produção de nióbio, com 94% das reservas globais. Apesar dessa abundância, a produção é limitada, com o país respondendo por apenas 0,02% da produção mundial de terras raras. O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) confirmou que os EUA demonstraram interesse na Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, atualmente em elaboração pelo governo brasileiro.

Desafios nas Negociações

A pressão dos EUA por acesso preferencial a minerais brasileiros ocorre em um contexto de acordos comerciais já estabelecidos com outros blocos, como o Mercosul e a União Europeia. O acordo garante condições vantajosas para a importação de minerais críticos, dificultando a exclusividade que os EUA desejam. Caso o Brasil decida aplicar tarifas sobre a exportação desses minerais, a alíquota para a UE será menor, com um teto de 25%.

Especialistas alertam que, embora o Brasil possua reservas significativas, é crucial transformar esses recursos em produtos de valor agregado. A negociação deve incluir contrapartidas, como transferência de tecnologia e investimentos em beneficiamento.

Situação Atual

As conversas entre Brasil e EUA continuam sem um desfecho claro, a poucos dias do prazo de 1º de agosto. O governo Lula busca uma solução comercial e defende o adiamento ou reversão da tarifa. Em contrapartida, Trump vincula a taxação a questões políticas, como o julgamento de Jair Bolsonaro. O Brasil estuda medidas para mitigar os impactos, incluindo a criação de um fundo de apoio e uma comitiva a Washington para buscar um acordo. Apesar dos esforços, autoridades brasileiras reconhecem que as negociações permanecem travadas, e a reversão da tarifa antes do prazo é considerada improvável.

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