27 de jul 2025
Brasil mantém mais de 39 bilhões de cédulas e moedas em circulação apesar do Pix
Pix cresce no Brasil, mas a alta circulação de dinheiro físico revela a preferência por reservas em espécie entre os consumidores.

Cédulas de real (Foto: Pixabay)
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O uso do Pix no Brasil cresce, mas a circulação de dinheiro físico permanece alta
Nos últimos anos, o Pix se tornou o principal meio de pagamento no Brasil, com um aumento expressivo na sua adoção. Entretanto, a circulação de dinheiro físico no país continua robusta, com mais de 39 bilhões de unidades em circulação, segundo dados do Banco Central.
Atualmente, o total de cédulas e moedas em circulação soma aproximadamente R$ 357,7 bilhões, superando os níveis registrados antes da pandemia. Dentre essas unidades, são 7,68 bilhões de cédulas e 31,75 bilhões de moedas. Em termos de valor, as notas representam a maior parte, com R$ 349,2 bilhões, enquanto as moedas totalizam R$ 8,48 bilhões.
Comportamento do consumidor
A nota de R$ 100 é a que mais circula, com R$ 206,1 bilhões em 2,06 bilhões de unidades. Entre as moedas, as de R$ 1 são as mais numerosas, com mais de 4,3 bilhões de unidades, totalizando R$ 4,35 bilhões. Essa alta circulação de dinheiro físico ocorre mesmo com a crescente digitalização das transações financeiras.
De acordo com o Banco Central, essa aparente contradição se deve ao comportamento dos brasileiros, que tendem a guardar dinheiro em espécie como uma forma de reserva de valor. A pesquisa "O brasileiro e sua relação com o dinheiro" revela que o uso do Pix aumentou de 46% em 2021 para 76,4% em 2024.
Evolução do sistema de pagamento
Desde seu lançamento em novembro de 2020, o Pix se consolidou como a preferência de 46% dos consumidores, um salto significativo em relação aos 17% registrados três anos atrás. A nota de R$ 200, introduzida durante a pandemia, ainda está em circulação, com 158 milhões de unidades e um valor total de R$ 31,7 bilhões.
Enquanto isso, moedas de menor valor, como a de 1 centavo, somam mais de 3,1 bilhões de unidades, mas representam apenas R$ 31,9 milhões no total financeiro. A combinação do crescimento do Pix e a alta circulação de dinheiro físico reflete a complexa relação dos brasileiros com o dinheiro, que vai além de um simples meio de pagamento.
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