27 de jul 2025
Trump celebra acordo comercial com a União Europeia e tarifas de 15% em produtos
EUA e União Europeia firmam acordo comercial com tarifas reduzidas e investimento de US$ 600 bilhões, buscando reequilibrar o comércio.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, aperta a mão do presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: Andrew Harnik/Getty Images)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um novo acordo comercial com a União Europeia (UE) que estabelece tarifas de 15% sobre as exportações do bloco europeu. O anúncio ocorreu no último domingo, 27, após uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na Escócia. O acordo visa reequilibrar as relações comerciais entre as duas potências, que enfrentavam tensões devido a tarifas ameaçadas de até 30%.
O pacto inclui um investimento significativo de US$ 600 bilhões da UE na economia americana, com US$ 150 bilhões destinados ao setor de energia e uma parte para a compra de equipamentos militares. Trump destacou que o acordo é o "maior já feito" entre as partes e que a UE se comprometeu a abrir seu mercado, especialmente para produtos americanos, que enfrentavam barreiras significativas.
Detalhes do Acordo
Além das tarifas, a UE concordou em adquirir US$ 750 bilhões em energia dos EUA ao longo de três anos. Embora a nova tarifa de 15% represente uma redução em relação à taxa anterior, ainda é considerada elevada, especialmente para setores como automóveis e produtos agrícolas. A presidente da Comissão Europeia afirmou que o acordo trará estabilidade e previsibilidade ao comércio transatlântico.
Trump também mencionou que os produtos farmacêuticos serão tratados separadamente, o que pode impactar as exportações da UE para os EUA. A presidente da Comissão Europeia reconheceu que o acordo não resolve completamente o desequilíbrio comercial, mas é um passo importante para melhorar as relações.
Reações e Desdobramentos
Líderes europeus expressaram preocupações sobre o acordo. O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, elogiou a redução das tarifas, mas outros, como o ministro francês para a Europa, Benjamin Haddad, consideraram o pacto "desequilibrado". A federação da indústria automobilística da Alemanha também alertou sobre os "enormes custos" que o acordo pode acarretar.
O comércio entre os EUA e a UE movimenta cerca de US$ 1,9 trilhão anualmente. O novo acordo, embora represente um avanço, ainda precisa ser aprovado pelos 27 Estados-membros da UE. As negociações futuras podem ser desafiadoras, especialmente com a possibilidade de tarifas adicionais sobre produtos como semicondutores e medicamentos.
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