América Latina se destaca como alternativa segura para investimentos em meio à guerra comercial
América Latina se destaca como destino de investimentos, com tarifas dos EUA e preços de commodities impulsionando oportunidades regionais.

De olho nas tarifas a serem implementadas pelos Estados Unidos, a América Latina mostrou uma capacidade de absorção melhor do que a prevista (Foto: Bloomberg/Paulo Fridman)
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A América Latina pode se consolidar como um destino atrativo para investidores, especialmente em um cenário de tensões geopolíticas e mudanças econômicas globais. Andrés Pérez, economista-chefe do Itaú, afirmou que a região está se beneficiando de tarifas mais altas dos EUA, que devem ser implementadas em 1º de agosto, com uma expectativa de aumento superior a 15%.
Pérez destacou que, apesar das preocupações iniciais sobre o impacto das tarifas, a América Latina demonstrou uma capacidade de absorção melhor do que o esperado. Ele observou que, embora os efeitos negativos possam surgir ao longo do tempo, os impactos imediatos não têm sido tão severos. O economista ressaltou que um ambiente de tarifas elevadas pode reduzir a demanda global e gerar distorções nos preços, afetando tanto exportadores quanto consumidores.
Oportunidades de Investimento
A região apresenta oportunidades significativas para diversificação de investimentos, afastando-se dos principais focos de risco. Pérez acredita que, mesmo com desafios fiscais e incertezas eleitorais, as discussões sobre crescimento econômico estão sendo bem avaliadas pelo mercado. Ele mencionou que, se essas discussões se traduzirem em políticas concretas, ativos regionais, como moedas e ações, poderão se beneficiar.
Além disso, a valorização das moedas locais em relação ao dólar é uma expectativa crescente, com projeções indicando uma valorização maior do que a anteriormente prevista. Essa mudança pode moderar a inflação na região, especialmente com a expectativa de preços de commodities, como o cobre, permanecendo altos.
Commodities e Papel Estratégico
O preço do cobre, que deve se manter em torno de US$ 4,20 por libra, é visto como um fator positivo para economias como Chile e Peru. Em contraste, a queda nos preços do petróleo representa um desafio para países como Colômbia e Brasil. A América Latina, como principal fornecedora de minerais estratégicos, pode ganhar poder de barganha em um cenário de crescente demanda global.
Pérez também alertou que a experiência com tarifas sobre o cobre sugere que os custos adicionais serão arcados principalmente pelos consumidores e produtores dos EUA. A região, portanto, pode se beneficiar ao redirecionar sua oferta para mercados que buscam alternativas às exportações chinesas.
Diante desse panorama, a América Latina se posiciona como uma alternativa viável para investidores em busca de diversificação e oportunidades em um mundo cada vez mais complexo.
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