Cramer analisa por que acordos comerciais de Trump não impulsionaram o mercado

O mercado financeiro dos Estados Unidos enfrenta um momento de incerteza, com foco nas expectativas de lucros das grandes empresas de tecnologia e na reunião do Federal Reserve (Fed). Na última segunda-feira, o S&P 500 subiu 0,02%, enquanto o Dow Jones caiu 0,14% e o Nasdaq avançou 0,33%.

O presidente Donald Trump anunciou um novo acordo comercial com a União Europeia, que estabelece uma tarifa de 15% sobre a maioria dos bens europeus. Essa taxa é inferior aos 30% inicialmente propostos, mas superior aos 10% desejados pela UE. Além disso, Trump afirmou que a Europa se comprometeu a adquirir US$ 750 bilhões em energia dos EUA e a investir mais US$ 600 bilhões no país.

Jim Cramer, da CNBC, destacou que os investidores parecem estar desinteressados nas tarifas, afirmando que "o que importa são os lucros, o desemprego e a reunião do Fed". Ele observou que o mercado já se recuperou de suas baixas anteriores e que os anúncios comerciais não estão influenciando as decisões de compra, a menos que haja mudanças significativas nos acordos.

Expectativas do Mercado

Os investidores estão especialmente atentos aos resultados financeiros de gigantes da tecnologia como Apple, Microsoft, Meta e Amazon, que devem ser divulgados esta semana. Cramer acredita que a expectativa em torno desses resultados ofusca notícias como o acordo com a UE.

Além disso, a reunião do Fed, marcada para quarta-feira, é um ponto de atenção, especialmente com as críticas de Trump ao presidente do Fed, Jerome Powell. O banco central deve manter as taxas de juros inalteradas, mesmo diante da pressão do presidente por cortes, o que pode gerar volatilidade no mercado. Cramer prevê que a semana será intensa, com os investidores focados em dados de emprego que serão divulgados na sexta-feira.