Analistas projetam resultados financeiros positivos para a Starbucks nesta terça-feira

A Starbucks divulgou resultados mistos para o terceiro trimestre fiscal de 2025, com receita de $9,46 bilhões, superando as expectativas de $9,31 bilhões. No entanto, o lucro ajustado por ação caiu 46%, totalizando 50 centavos, abaixo da previsão de 65 centavos. O novo CEO, Brian Niccol, que assumiu em setembro, enfrenta o desafio de revitalizar a marca após um período prolongado de declínios nas vendas.

As vendas em lojas comparáveis caíram 2% na América do Norte, marcando o sexto trimestre consecutivo de queda. Apesar disso, a empresa observou um aumento de 6% nas transações na China, onde as vendas nas mesmas lojas subiram 2%. Niccol destacou que as iniciativas de recuperação estão adiantadas, prometendo uma "onda de inovação" para 2026.

Estratégias de Recuperação

A Starbucks está implementando o programa "Green Apron Service", que já está em teste em 1.500 lojas. Os resultados iniciais mostram que as cafeterias que adotaram essa iniciativa superaram as tradicionais em transações e tempos de espera. A empresa também está reformulando seu cardápio e remodelando lojas para melhorar a experiência do cliente.

Além disso, a Starbucks está considerando a venda de uma participação em seus negócios na China, com mais de 20 potenciais compradores demonstrando interesse. Essa venda pode ser avaliada em até $10 bilhões, o que poderia impulsionar a recuperação financeira da empresa.

Expectativas do Mercado

Os analistas permanecem cautelosos em relação ao desempenho da Starbucks, com 17 classificando as ações como "compra forte" e 18 como "manter". A RBC Capital Markets e a Bernstein expressaram otimismo sobre o potencial de recuperação, citando inovações e melhorias no atendimento ao cliente como fatores-chave.

Apesar das dificuldades, as ações da Starbucks subiram até 5% após a divulgação dos resultados, refletindo uma resposta positiva do mercado. A diretora financeira, Cathy Smith, alertou que a empresa mantém uma postura conservadora para o restante do ano fiscal, devido à incerteza econômica e aos custos associados ao plano de recuperação.