30 de jul 2025
Trump avança em acordos comerciais e impacta economia dos americanos
Trump intensifica tarifas de até 35% sobre importações da Índia e Canadá, enquanto acordos comerciais com Japão e UE geram incertezas econômicas.

Donald Trump e Ursula von der Leyen, chefe da Comissão Europeia, anunciando um acordo comercial no domingo, 27, na Escócia. Muitos economistas continuam prevendo que as tarifas de Trump resultarão em preços mais altos para os consumidores dos EUA (Foto: Tierney L. Cross/NYT)
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Nos últimos meses, a administração Trump intensificou sua política comercial protecionista, anunciando tarifas de até 35% sobre importações de países como Índia e Canadá. Essa estratégia visa reduzir déficits comerciais e proteger indústrias americanas, especialmente em um contexto de crescente tensão comercial global.
A partir de 1º de agosto, tarifas de 25% serão aplicadas à Índia e 35% ao Canadá, enquanto acordos comerciais foram firmados com Japão e União Europeia. O Japão, por exemplo, viu suas tarifas reduzidas de 25% para 15%, com promessas de investimento que podem chegar a 550 bilhões de dólares. A União Europeia também se comprometeu a aumentar as compras de energia dos EUA em 750 bilhões de dólares nos próximos três anos.
Impacto Econômico
Essas tarifas têm gerado incertezas sobre o impacto econômico. Economistas alertam que o aumento das tarifas pode resultar em preços mais altos para os consumidores americanos, com a inflação já atingindo 2,7% em junho de 2025. Montadoras como General Motors e Volkswagen reportaram prejuízos superiores a 1 bilhão de dólares devido a essas medidas.
Embora Trump afirme que as tarifas são uma ferramenta de negociação eficaz, muitos analistas questionam sua eficácia a longo prazo. A Congressional Budget Office (CBO) prevê que o aumento na arrecadação de tarifas poderá reduzir o endividamento do governo, mas também pode restringir o crescimento econômico.
Acordos em Andamento
Os acordos comerciais em andamento refletem a estratégia de Trump de renegociar relações comerciais. No entanto, a falta de clareza sobre quais tarifas serão aplicadas a outros países gera preocupações. **Analistas indicam que países como Brasil e México ainda não assinaram acordos preliminares, o que pode resultar em tarifas globais de 15% a 20%.
A situação é crítica para o Canadá, que enfrenta tarifas de 35% e um cenário de retaliação. A fragmentação do comércio entre os EUA e a China também está em curso, com tarifas que podem chegar a 145% sobre produtos chineses. Essas mudanças refletem um novo normal no comércio global, onde os EUA utilizam sua economia como alavanca.
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