Alckmin se fortalece em negociações para reeleição contra Lula ou governo paulista

O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está em meio a negociações tarifárias com os Estados Unidos, com foco na suspensão de tributos sobre produtos brasileiros. O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, tem se destacado nesse processo, buscando a suspensão de tributos federais por 180 dias e liderando esforços para elaborar planos de ajuda setoriais.

Alckmin tem dialogado diretamente com empresários e representantes de setores, levando suas demandas ao presidente Lula. Em uma estratégia de comunicação, ele participou do Programa da Ana Maria Braga, na TV Globo, para informar a população sobre as ações do governo. Apesar do protagonismo de Alckmin, fontes do Planalto indicam que Lula é quem define o tom das negociações.

Reunião com o STF

Em um contexto de tensões, o presidente Lula convocou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para uma reunião no Palácio da Alvorada, a ser realizada nesta quinta-feira, 31 de agosto. O objetivo é discutir as sanções dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes. A Advocacia-Geral da União se prepara para defender Moraes contra possíveis novas sanções, como a aplicação da Lei Magnitsky.

Planos de Ajuda Setoriais

Durante uma reunião no Palácio do Planalto, Lula discutiu medidas de socorro após o adiamento da cobrança de tarifas de 50% pelos Estados Unidos, que afetaram cerca de 400 produtos. O governo agora planeja elaborar estratégias específicas para setores impactados, como café e carnes, que permanecem sob a tarifa. O diretor-geral da Cecafé, Marcos A. Matos, destacou a importância de negociar a redução do tempo de vigência da tarifa para o café, do qual o Brasil fornece 33% do consumo americano.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou ao governo uma lista com oito medidas prioritárias, visando mitigar os efeitos econômicos adversos e preservar a capacidade exportadora das empresas brasileiras. O governo também busca abrir novos mercados, embora reconheça que as negociações podem ser mais longas do que o esperado pelos empresários.