31 de jul 2025
Rússia declara ter capturado cidade estratégica na Ucrânia, que nega a conquista
A Rússia declara controle sobre Chasiv Iar, enquanto bombardeios em Kiev deixam 13 mortos e a paz permanece distante entre os países

Pessoas no local de um edifício destruído durante um ataque de míssil russo, em meio ao ataque da Rússia à Ucrânia, no centro de Kiev, Ucrânia, em 20 de dezembro de 2024. (Foto: REUTERS/Valentyn Ogirenko)
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A Rússia anunciou, nesta quinta-feira, 31, que suas forças armadas tomaram o controle total de Chasiv Iar, uma cidade estratégica na região de Donetsk, leste da Ucrânia. No entanto, a Ucrânia refutou essa afirmação, com o porta-voz militar Victor Trehubov classificando-a como uma "invenção". As tropas de ambos os lados têm lutado pelo controle da cidade há quase 18 meses.
O Ministério da Defesa russo declarou que Chasiv Iar "foi libertada", enquanto um relatório do Estado-Maior ucraniano indicou que ocorreram sete confrontos na área nas últimas 24 horas. Um mapa de código aberto, amplamente utilizado por analistas, mostrou que partes da cidade permanecem em zonas cinzentas, sem controle definido.
Bombardeios em Kiev
A situação em Kiev se agravou com bombardeios noturnos que resultaram na morte de pelo menos 13 pessoas, incluindo uma criança de 6 anos, e ferimentos em outras 132. O Serviço de Emergência da Ucrânia informou que entre os feridos estão 14 crianças, sendo uma delas um bebê de 5 meses. Este ataque é considerado o mais letal para crianças desde o início da invasão russa em 2022.
A Força Aérea Ucraniana relatou que a Rússia lançou 309 drones e oito mísseis durante a noite, com as defesas aéreas conseguindo interceptar a maioria dos ataques. Apesar disso, alguns mísseis e drones conseguiram atingir alvos na capital.
Estagnação nas Negociações de Paz
Os esforços diplomáticos para resolver o conflito estão em um impasse. O presidente russo, Vladimir Putin, exige que a Ucrânia ceda as regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, além de desistir de sua adesão à Otan. Essas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia e seus aliados ocidentais.
O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, criticou a resposta da Rússia aos apelos por paz, afirmando que "novos assassinatos demonstrativos" evidenciam que a paz sem força é impossível. Ele pediu aos aliados que mantenham seus compromissos de defesa e pressionem Moscou por negociações reais.
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