Tarifaço tem impacto reduzido no PIB com nova lista de exclusão de produtos
Tarifas de 50% dos EUA afetam exportações brasileiras, mas 42% estão isentas, minimizando impacto no PIB e criando oportunidades de investimento.

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Os Estados Unidos implementaram tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, gerando preocupações sobre o impacto nas exportações e no PIB. Contudo, uma análise da XP revela que 42% das exportações brasileiras estão isentas dessas tarifas, reduzindo o impacto negativo no PIB de 0,30 p.p. para 0,15 p.p..
O economista-chefe da XP, Caio Megale, destacou que a exclusão de itens como o suco de laranja é crucial, já que os americanos consomem grande quantidade desse produto, que vem majoritariamente do Brasil. A lista de exceções inclui 565 artigos de aviação civil, beneficiando empresas como a Embraer, que depende fortemente do mercado americano.
Além disso, a Selic foi mantida em 15%, mas há expectativas de queda no próximo ano. Raphael Figueredo, estrategista de ações da XP, observou que o mercado já se ajusta a essa possibilidade, refletindo em operações de Swap DI. A combinação de tarifas e taxa de juros está criando um cenário mais favorável para investimentos em renda variável.
Impactos Econômicos e Políticos
A guerra tarifária também afeta a corrida eleitoral, com Paulo Gama, head de análise política da XP, afirmando que a situação atual pode influenciar a avaliação do governo. A aprovação do governo, que estava baixa, pode ser impactada positivamente, mas a sustentabilidade desse efeito é incerta.
O fluxo de capital estrangeiro para o Brasil atingiu US$ 27,5 bilhões, um valor inesperado no início do ano. Esse movimento é visto como uma resposta à volatilidade do mercado global e à busca por alternativas em meio às tarifas impostas pelos EUA.
Com as incertezas políticas e econômicas, os especialistas recomendam que os investidores mantenham uma posição sólida em renda fixa, enquanto começam a diversificar para a renda variável, aproveitando as oportunidades que surgem com a entrada de capital estrangeiro e a possível queda da Selic.
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