Casa Branca enfrenta críticas após demissão do chefe do BLS por dados de emprego fracos

O presidente Donald Trump demitiu a comissária do Bureau of Labor Statistics (BLS), Erika McEntarfer, após a divulgação de dados de emprego que ficaram abaixo das expectativas. A decisão, anunciada na sexta-feira, 3 de setembro, gerou polêmica e levantou questões sobre a integridade dos dados econômicos.

Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, defendeu a demissão, afirmando que a mudança é necessária para garantir maior transparência nas estatísticas. Ele alegou que as revisões nos dados de emprego, que mostraram uma queda significativa nas contratações, indicam a necessidade de uma nova liderança no BLS. No entanto, não foram apresentadas evidências concretas que sustentem as alegações de manipulação feitas por Trump.

Os dados mais recentes mostraram um aumento de apenas 73 mil empregos em julho, muito abaixo da expectativa de 100 mil. Além disso, as revisões para os meses anteriores reduziram o total de empregos em 258 mil. Economistas expressaram preocupação de que a demissão de McEntarfer possa comprometer a credibilidade do BLS e a confiança nas estatísticas oficiais.

A controvérsia se intensificou com críticas de figuras como o ex-comissário do BLS, William Beach, que afirmou que a demissão estabelece um "precedente perigoso". Ele e outros especialistas alertaram que a mudança pode levar a suspeitas de influência política sobre os dados, prejudicando a percepção pública da imparcialidade do órgão.

Além disso, alguns líderes políticos, como o senador Chuck Schumer, criticaram a ação de Trump, chamando-a de autoritária. Schumer afirmou que a demissão não resolverá os problemas econômicos criados pela administração. Enquanto isso, o CEO do Bank of America, Brian Moynihan, sugeriu que os métodos de coleta de dados do BLS precisam ser revisados para garantir maior eficácia e confiabilidade.