Haddad vê oportunidades em acordos com os EUA sobre minerais críticos e terras raras
Brasil busca parcerias com os EUA para explorar minerais críticos e terras raras, enquanto garante soberania sobre seus recursos naturais

Haddad diz ver chance de acordos com EUA envolvendo minerais críticos e terras raras (Foto: Wilton Junior/Estadão)
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BRASÍLIA E SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira, 4, a possibilidade de acordos de cooperação com os Estados Unidos para explorar os minerais críticos e terras raras do Brasil. Esses recursos são essenciais para setores como tecnologia e defesa, e o interesse dos EUA surge em meio a negociações sobre tarifas impostas pelo governo norte-americano.
Haddad destacou que o Brasil possui uma riqueza significativa em minerais como lítio, cobalto e níquel, que são fundamentais para a produção de baterias e outras tecnologias. O encarregado de negócios da embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, já havia manifestado interesse em estabelecer parcerias nesse setor, conforme discutido em reuniões com representantes do Instituto Brasileiro de Mineração.
Soberania e Política Mineral
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a soberania brasileira sobre esses recursos, afirmando que "aqui ninguém põe a mão". Durante uma cerimônia em Minas Novas (MG), Lula enfatizou a importância de proteger o petróleo, ouro e minerais raros do Brasil, garantindo que a exploração traga benefícios diretos ao povo brasileiro. Ele criticou a exploração do passado, prometendo uma nova abordagem que priorize a justiça social e a proteção ambiental.
O governo também está discutindo a criação de uma política nacional para atrair investimentos em minerais críticos antes da COP-30, que ocorrerá em Belém (PA). Uma das propostas em análise é a emissão de debêntures incentivadas para o setor minerário, visando aumentar a competitividade e a sustentabilidade das operações.
Desafios e Oportunidades
O vice-presidente Geraldo Alckmin comentou que a pauta de mineração é extensa e pode ser explorada em futuras negociações. Ele observou que, apesar de o Brasil exportar apenas 3% para os EUA, o país importa mais de 20% em máquinas e equipamentos, evidenciando um superávit na balança comercial.
A crescente demanda por minerais críticos reflete a importância estratégica desses recursos no cenário global. O Brasil, com a segunda maior reserva de terras raras do mundo, está em uma posição privilegiada para atender a essa demanda, mas a gestão e a exploração desses recursos devem ser feitas de forma responsável e sustentável.
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