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12 de ago 2025

Haddad defende valorização de minerais críticos em vez de exportação como commodity

Ministro da Fazenda destaca potencial do Brasil em minerais críticos, enquanto presidente rejeita exploração externa desses recursos

Nós tínhamos que pensar uma forma de agregar valor a esse minério, diz Haddad sobre terras raras (Foto: Wilton Junior/Estadão)

Nós tínhamos que pensar uma forma de agregar valor a esse minério, diz Haddad sobre terras raras (Foto: Wilton Junior/Estadão)

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BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou a importância de uma abordagem estratégica para os minerais críticos do Brasil, como lítio e terras raras, durante uma reunião na Comissão Mista que analisa a Medida Provisória alternativa ao IOF. Esses minerais são essenciais para tecnologias modernas, incluindo baterias de veículos elétricos e semicondutores. Haddad destacou que o Brasil não deve ser apenas um exportador de commodities, mas sim buscar formas de agregar valor a esses recursos.

O interesse dos Estados Unidos nesse setor foi reafirmado por Haddad, que mencionou discussões anteriores sobre parcerias para a produção de baterias e transferência de tecnologia. Ele ressaltou que o Brasil possui uma concentração significativa desses minerais, o que atrai a atenção internacional. "Aqui você tem concentração no Brasil. Em poucos países, como a China, há tanto", afirmou o ministro.

Posição do Governo

Apesar do interesse em parcerias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou resistência à exploração externa dos recursos minerais. Em recente cerimônia em Minas Novas (MG), Lula afirmou que "aqui ninguém põe a mão" em recursos como petróleo e ouro, reforçando a ideia de que esses bens pertencem ao povo brasileiro. Essa declaração reflete uma postura mais cautelosa em relação à exploração mineral, mesmo diante do apelo por investimentos.

O governo Lula está considerando a criação de uma política nacional para atrair investimentos em minerais críticos antes da COP-30, que ocorrerá em Belém (PA). Entre as propostas discutidas está a emissão de debêntures incentivadas para o setor minerário, visando estimular o desenvolvimento local e a valorização dos recursos naturais.

Futuro das Parcerias

A possibilidade de acordos de cooperação com os Estados Unidos e outras potências, como a Europa e a China, é vista como uma oportunidade para o Brasil se posicionar no mercado global de tecnologia. Haddad acredita que esses acordos podem resultar em baterias mais eficientes e no fortalecimento da indústria nacional. O debate sobre o futuro dos minerais críticos no Brasil, portanto, é urgente e deve ser abordado com atenção pelos três Poderes.

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