NotíciasEconomia

07 de ago 2025

Construtoras sugerem mudança na poupança para liberar R$ 150 bilhões em crédito

Construtoras buscam liberar R$ 150 bilhões para o setor imobiliário ao propor eliminação de depósitos compulsórios da caderneta de poupança

Hoje, 20% dos depósitos da poupança são guardados no BC como compulsório; ideia é direcionar parcela para crédito imobiliário (Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 03/10/2012)

Hoje, 20% dos depósitos da poupança são guardados no BC como compulsório; ideia é direcionar parcela para crédito imobiliário (Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 03/10/2012)

Ouvir a notícia

Construtoras sugerem mudança na poupança para liberar R$ 150 bilhões em crédito - Construtoras sugerem mudança na poupança para liberar R$ 150 bilhões em crédito

0:000:00

Em um cenário desafiador para o setor imobiliário brasileiro, construtoras apresentaram ao Banco Central (BC) uma proposta para eliminar os depósitos compulsórios da caderneta de poupança. A medida visa liberar R$ 150 bilhões para o financiamento imobiliário, em troca de uma nova linha de redesconto que asseguraria a liquidez do sistema.

A proposta, encaminhada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP), sugere que os 20% atualmente destinados a depósitos compulsórios sejam redirecionados para o crédito imobiliário. Atualmente, 65% dos depósitos da poupança são alocados para financiamentos imobiliários, enquanto 15% podem ser utilizados livremente pelos bancos.

Para garantir a liquidez em caso de saques, as construtoras propõem que 15% do montante da poupança seja respaldado por uma linha de redesconto. Isso permitiria ao BC emprestar recursos aos bancos comerciais que enfrentassem dificuldades financeiras, com juros equivalentes à remuneração da poupança, que é TR + 6,17% ao ano. Em contrapartida, os bancos ofereceriam títulos públicos como garantia.

Luiz França, presidente da Abrainc, destacou que a proposta é uma resposta às preocupações do setor sobre a estratégia do BC de incentivar os bancos a captar recursos no mercado por meio de Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Essa estratégia, segundo ele, poderia não garantir que os recursos fossem efetivamente direcionados ao crédito imobiliário.

Ely Wertheim, presidente do Secovi-SP, enfatizou que a questão central não é a falta de recursos, mas sim os altos juros que dificultam o acesso ao crédito. A proposta das construtoras busca uma solução que não altere as regras do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), mantendo o direcionamento de 65% para o crédito imobiliário e 15% para uso livre pelos bancos.

Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela