15 de jul 2025
Formação médica ética promove saúde e bem-estar para a sociedade
Formação médica no Brasil enfrenta desafios com aumento de faculdades e médicos, destacando a necessidade de qualidade e avaliação rigorosa.

Alunos do curso de medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) (Foto: Anselmo Cunha - 7.out.24/Folhapress)
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A formação médica no Brasil enfrenta desafios significativos, especialmente após o aumento no número de faculdades e médicos desde a implementação da lei do Mais Médicos em 2013. Atualmente, o país conta com 448 faculdades de medicina, das quais 256 foram abertas nos últimos anos, resultando em um crescimento de quase 650 mil médicos. Contudo, essa expansão não resolveu a distribuição desigual de profissionais, que ainda se concentram nas regiões Sul e Sudeste.
A qualidade da formação é uma preocupação crescente. Muitos cursos, especialmente os privados, operam com deficiência de corpo docente e falta de estágios adequados no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, cerca de 45% dos médicos não completaram a residência, etapa considerada essencial em muitos países para a prática clínica. Essa lacuna se deve à escassez de vagas em programas de residência e à necessidade de muitos egressos de ingressar rapidamente no mercado de trabalho para quitar dívidas estudantis.
Avaliação e Acreditação
A Comissão Nacional de Residência Médica deve estabelecer critérios rigorosos para a avaliação e acreditação dos programas de residência. A participação das sociedades médicas e do Conselho Federal de Medicina é crucial para garantir a qualidade da formação. A proposta de implementar exames de progresso durante o curso e um exame de proficiência ao final da graduação está em tramitação no Congresso Nacional, visando assegurar que os futuros médicos estejam adequadamente preparados.
A situação atual levanta preocupações sobre a capacidade dos novos médicos de atender a população com competência. Para que o Brasil ofereça um atendimento médico de qualidade, é essencial não apenas melhorar a efetividade do SUS, mas também investir na formação de profissionais qualificados, tanto na graduação quanto na pós-graduação. A responsabilidade de formar médicos competentes é um compromisso que deve ser priorizado para garantir a saúde da população.
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