18 de jul 2025
Geração Z aumenta consumo de medicamentos em 6,6% e revela novas preocupações
Aumento nas licenças médicas por ansiedade e depressão revela a urgência de empresas em adaptar políticas de saúde mental.

Foto: Reprodução
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Em 2024, o Brasil observou um aumento de 68% nas licenças médicas relacionadas à ansiedade e depressão, refletindo uma mudança cultural significativa sobre a saúde mental no ambiente de trabalho. Dados do Ministério da Previdência Social indicam que Millennials e a geração Z estão buscando mais apoio, rompendo com o estigma que historicamente cercava o tema.
A pesquisa da Vidalink, que analisou 273.626 unidades de medicamentos consumidas por 58.949 colaboradores de 165 empresas, revelou que a geração Z teve um crescimento de 7,9% no uso de planos de medicamentos para saúde mental, enquanto os Millennials apresentaram um aumento de 6,8%. Esses números não apenas evidenciam uma mudança na percepção sobre saúde mental, mas também destacam a necessidade de um ambiente corporativo mais acolhedor.
Desafios das Novas Gerações
Os desafios enfrentados pela geração Z são profundos. Crescendo em um mundo hiperconectado e marcado por crises econômicas e mudanças climáticas, muitos iniciaram suas carreiras durante a pandemia, o que dificultou a formação de laços interpessoais. Essa realidade contribui para uma sensação crônica de fadiga mental, exacerbada pela sobrecarga de informações e pela pressão constante por adaptação.
Por outro lado, essa geração se sente mais à vontade para discutir saúde mental, o que facilita diagnósticos e tratamentos. Apesar do aumento no uso de medicamentos, é crucial que o tratamento inclua acompanhamento psicológico e hábitos saudáveis, já que os medicamentos sozinhos não resolvem os problemas causados por ambientes de trabalho tóxicos.
O Papel das Empresas
As empresas têm um papel fundamental na promoção da saúde mental. Organizações que oferecem planos de medicamentos, sessões de terapia e benefícios flexíveis estão contribuindo para ambientes mais saudáveis. A pesquisa da Vidalink também revelou que 44% das mulheres Millennials enfrentam sobrecarga devido à dupla jornada de trabalho, sendo 79% mais propensas a utilizar medicamentos para saúde mental.
Esses dados ressaltam a importância de políticas corporativas que abordem a desigualdade de gênero e promovam o bem-estar. O aumento no uso de medicamentos deve ser visto como um sinal positivo de busca por ajuda, mas deve ser acompanhado de mudanças estruturais nas organizações. A sustentabilidade e a inovação no ambiente de trabalho dependem da capacidade das empresas de se adaptarem às novas demandas emocionais das gerações mais jovens.
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