25 de jul 2025
Literatura erótica: 8 autoras que celebram o prazer feminino na escrita
Escritoras contemporâneas desafiam tabus sobre sexualidade e ampliam a representação feminina na literatura, promovendo diversidade e resistência.

Escritoras que fizeram da literatura erótica um manifesto feminino Na foto: Conceição Evaristo, Anaïs Nin e Camila Sosa Villada — Foto: Larissa Kreili, MBGS.CC/ Reprodução/ Catalina Bartolomé
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A literatura erótica escrita por mulheres sempre foi um campo de resistência e expressão. Historicamente, autoras como Anaïs Nin e Cassandra enfrentaram censura e marginalização, mas suas obras abriram caminho para novas vozes. Atualmente, oito escritoras contemporâneas se destacam por abordar sexo e sexualidade, contribuindo para a representação feminina e a luta contra a opressão.
Falar sobre sexo é um ato político, especialmente quando a voz é feminina. Autoras como Conceição Evaristo e Camila Sosa Villada utilizam a sexualidade como ferramenta de expressão e identificação, abordando temas como identidade, racismo e violência. Evaristo, com seu conceito de "escrevivência", conecta erotismo e ancestralidade, enquanto Sosa Villada retrata a vida de travestis em sua obra premiada, O Parque das Irmãs Magníficas.
Escritoras Pioneiras
Anaïs Nin, considerada uma das pioneiras da literatura erótica, explorou o prazer feminino em obras como Delta de Vênus. Sua escrita subverteu a perspectiva masculina, contribuindo para a revolução sexual feminista. No Brasil, Márcia também se destacou, abordando a libertação sexual feminina em sua coletânea Tango Fantasma, embora rejeitasse o rótulo de escritora erótica.
Cassandra, outra figura emblemática, foi condenada à prisão por sua orientação sexual e suas obras, como A Volúpia do Pecado, abordaram relacionamentos lésbicos com sensibilidade. Apesar da repressão, Cassandra se tornou a primeira mulher no Brasil a vender um milhão de exemplares, desafiando normas sociais.
Novas Vozes na Literatura
A escritora e ativista Audre Lorde, nascida em Nova York, utilizou sua escrita para abordar racismo e sexismo, considerando o erotismo uma forma de resistência. Sua obra Usos do Erótico propõe o erotismo como um caminho de libertação.
Por sua vez, Mel, poeta e slammer, destaca-se na cena literária contemporânea, abordando a identidade racial e o prazer feminino em suas poesias. Seu álbum Mormaço mistura poesia e música, questionando a objetificação dos corpos negros.
Essas autoras contemporâneas não apenas ampliam a discussão sobre sexualidade, mas também reafirmam a importância da voz feminina na literatura, desafiando estigmas e promovendo a diversidade.
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