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05 de ago 2025

Aluna perde vaga em medicina por não ser reconhecida como parda em cotas

Samille Ornelas enfrenta a perda da matrícula em Medicina após liminar ser cassada, afetando seus planos e identidade racial

Samille Ornelas, de 31 anos, autodeclara-se parda (Foto: Arquivo pessoal)

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Samille Ornelas, de 31 anos, foi aprovada em Medicina na Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2024, mas enfrentou uma série de obstáculos para garantir sua matrícula. Inicialmente, a universidade negou sua inscrição com base em uma avaliação de suas características fenotípicas, alegando que ela não se encaixava nos critérios para cotas raciais.

Após um ano de espera e uma liminar que permitiu sua matrícula, Samille finalmente começou a estudar no primeiro semestre de 2025. No entanto, quando estava a apenas duas provas de concluir o período, a liminar foi cassada, forçando-a a abandonar a faculdade. A UFF não se manifestou sobre o caso até o momento.

Samille, que se autodeclara parda e é ex-aluna de escola pública, havia se inscrito no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) utilizando as cotas para pretos e pardos, com renda familiar per capita inferior a 1,5 salário-mínimo. Para validar sua autodeclaração, ela gravou um vídeo, conforme exigido pelo edital da UFF, mas o comitê de heteroidentificação a considerou inapta.

A situação gerou um impacto profundo na identidade de Samille, que relatou ter crescido se reconhecendo como parda e enfrentado racismo ao longo da vida. Ela expressou sua frustração com o processo de verificação, afirmando que a análise deveria ser mais cuidadosa. "Ninguém me viu para dizer se sou parda", disse.

Para tentar reverter a decisão, seus advogados sugeriram uma avaliação com um antropólogo. Samille, determinada, voltou a estudar para o Enem, caso sua situação não se resolva na Justiça. Ela relembra as palavras de sua avó, que a incentivou a seguir seu sonho de ser médica, um propósito que ela não pretende abandonar.

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