10 de fev 2025
Músicos da Sinfônica de Kiev enfrentam incertezas enquanto buscam refúgio na Alemanha
A Orquestra Sinfônica de Kiev, refugiada na Alemanha, busca visibilidade cultural. Monheim am Rhein oferece abrigo e três milhões de euros em apoio financeiro. Músicos realizam concertos beneficentes, expressando incertezas sobre o futuro. A cidade acolhe calorosamente os ucranianos, promovendo integração econômica. A orquestra se tornou símbolo do acolhimento alemão, enfrentando desafios emocionais.
Foto:Reprodução
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Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, Tetiana Martyniuk-Bahrii, violinista da Orquestra Sinfônica de Kiev, vive como refugiada com seu marido e filha de 14 anos, Olesia. A família se deslocou entre apartamentos, enquanto Martyniuk-Bahrii se dedicava a defender a cultura ucraniana. Após dois anos em Gera, na Alemanha, a orquestra foi convidada para uma residência cultural em Monheim am Rhein, onde encontrou um novo lar e apoio em um momento crítico.
A cidade, com 40 mil habitantes, acolheu calorosamente os 73 músicos e suas famílias, permitindo que realizassem concertos beneficentes e gravassem obras de compositores ucranianos. Martin Witkowski, intendente do Monheimer Kulturwerke, destacou a importância de empregar os músicos como parte da economia local, prevendo gastos de até três milhões de euros em salários e benefícios. Os músicos, como Oleksii Pshenychnikov, expressam a incerteza sobre o futuro, questionando se algum dia retornarão à Ucrânia.
Em Gera, a recepção foi mista, com alguns músicos sentindo olhares desconfiados, especialmente devido à presença de um contingente pró-Rússia. Denys Karachevtsev, violoncelista, mencionou a dificuldade de lidar com esses sentimentos, mas acredita que a música pode ajudar a quebrar estereótipos. A Sinfônica de Kiev, que havia cancelado compromissos devido à guerra, se tornou um símbolo do acolhimento alemão, realizando uma turnê pela Europa para combater a agressão russa e representar a Ucrânia.
Com o apoio de autoridades alemãs, a orquestra se estabeleceu em Gera, onde se tornou um símbolo de resistência e acolhimento. Kateryna Demianchuk, violinista, compartilhou a dor pela perda de um tio na guerra, refletindo a divisão entre os músicos sobre retornar ou permanecer na Alemanha. A chegada da orquestra a Monheim em julho foi marcada por um concerto ao ar livre, onde Martyniuk-Bahrii expressou esperança de que os músicos contribuíssem para a causa da Ucrânia, afirmando: “Precisamos de vitória e precisamos de justiça.”
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