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22 de mai 2025

Alemanha de Hitler falha em desenvolver bomba atômica como Oppenheimer fez nos EUA

Operação Gunnerside completa 80 anos e é reconhecida por atrasar o programa nuclear alemão, revelando desafios internos e externos.

Foto:Reprodução

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A Operação Gunnerside, realizada por soldados noruegueses durante a Segunda Guerra Mundial, completou 80 anos em fevereiro. A missão, que visava sabotar a produção de materiais para armas nucleares na Noruega ocupada pelos nazistas, é considerada um marco crucial na história militar.

O coronel do Exército da Noruega, Leif Tronstad, entregou cápsulas suicidas aos seus soldados, enfatizando a importância da missão. A operação, que ocorreu em uma fábrica de produtos químicos em Telemark, atrasou significativamente o programa nuclear alemão, segundo o professor Timothy J. Jorgensen, da Universidade de Georgetown. Sem a produção de Telemark, a fabricação de uma bomba atômica se tornaria inviável.

A Missão

Os soldados foram lançados de paraquedas em pleno inverno norueguês e usaram esquis para se deslocar rapidamente. A fábrica estava cercada por uma ravina, e o único acesso era uma ponte fortemente vigiada pelos nazistas. Para evitar a detecção, os noruegueses desceram a ravina, cruzaram um rio congelado e escalaram uma encosta de mais de 200 metros. Joachim Ronneberg, líder do grupo, recordou que a missão foi marcada por sorte e oportunidade, sem um plano definido.

Embora a Gunnerside tenha sido uma ação dramática, especialistas apontam que não foi a única razão para o atraso no programa nuclear alemão. A fuga de cientistas, a falta de laboratórios adequados e a desmotivação entre os próprios cientistas também contribuíram para o fracasso dos nazistas.

O Contexto Científico

Após a invasão da Polônia em 1939, físicos como Albert Einstein e Leo Szilard alertaram o governo dos EUA sobre o potencial perigo de um programa nuclear nazista. Esse alerta levou à criação do Projeto Manhattan em 1942, que envolveu um investimento de mais de US$ 2 bilhões e contou com a colaboração de cientistas de diversos países.

Os esforços alemães, em contraste, foram limitados a cerca de US$ 1 milhão e a um número reduzido de pesquisadores. A falta de um laboratório especializado e a prioridade dada a outros projetos, como o míssil V-2, comprometeram ainda mais as chances de sucesso do programa nuclear alemão.

A Sabotagem Interna

Curiosamente, muitos cientistas alemães também se opuseram ao desenvolvimento da bomba atômica. Werner Heisenberg, coordenador do projeto nuclear alemão, afirmou que a relação entre os cientistas e o regime nazista era tensa, o que dificultava a execução do projeto. A combinação de fatores internos e externos resultou em um atraso significativo na corrida pela bomba atômica, que poderia ter mudado o curso da guerra.

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