Estados Unidos revogam licença da Chevron para operar na Venezuela

A licença da Chevron para operar na Venezuela expirou sem prorrogação, conforme decisão do governo Trump. A administração argumenta que os recursos da empresa sustentam a opressão do povo venezuelano. A porta-voz do Departamento de Estado, Mignon Houston, afirmou que a medida visa negar qualquer tipo de financiamento que beneficie o regime de Maduro.

A licença, concedida pelo governo Biden em novembro de 2022, tinha como objetivo incentivar o diálogo entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição, com a expectativa de eleições limpas. O presidente Trump anunciou a revogação da licença em fevereiro, destacando que os lucros da Chevron apenas fortalecem o regime autoritário. A empresa, que representava até 20% da produção de petróleo da Venezuela, buscou manter suas operações, mas não obteve sucesso.

Nos últimos meses, a Chevron pressionou o governo dos Estados Unidos para a renovação da licença. Em uma tentativa de negociação, o governo venezuelano libertou um cidadão americano, o veterano da Força Aérea Joseph St Clair, antes da expiração da licença. Contudo, o secretário de Estado e conselheiro de segurança nacional, Marco Rubio, um defensor de sanções rigorosas, reafirmou que não haveria nova prorrogação.

Alerta de Viagem

O Departamento de Estado dos EUA emitiu um alerta de viagem, classificando a Venezuela como o país mais perigoso para cidadãos americanos, recomendando que não visitem o país sob nenhuma circunstância. A porta-voz Houston destacou que a Venezuela detém um número elevado de americanos em suas prisões, com dezenas de detenções desde 2019.

A falta de uma embaixada dos EUA na Venezuela impede a assistência consular, aumentando os riscos para os viajantes. O alerta enfatiza que nenhum cidadão americano está protegido contra detenções, independentemente de vínculos familiares ou de cidadania dupla. A situação atual torna as viagens ao país extremamente arriscadas, tanto para os americanos quanto para seus familiares.