06 de jul 2025
Bairros xiitas em Damasco celebram Ashoura em silêncio após queda de Assad
Peregrinação do Ashoura em Damasco é severamente afetada pela insegurança e pela ausência de visitantes estrangeiros.
Uma mulher síria passa por um homem da segurança do governo sírio, do lado de fora do santuário de al-Sayydah Zeinab, neta do Profeta Maomé, onde fiéis xiitas participam do ritual de Ashoura, ao sul de Damasco, Síria, quinta-feira, 3 de julho de 2025. (Foto: AP Photo/Omar Sanadiki)
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Peregrinação do Ashoura em Damasco Enfrenta Desafios Após Queda de Assad
Peregrinos xiitas de várias partes do mundo costumavam se reunir no santuário de Sayyida Zeinab, em Damasco, para celebrar o Ashoura, um dia de luto pela morte do neto do Profeta Muhammad, Imam Hussein. No entanto, este ano, as festividades foram severamente reduzidas devido à insegurança crescente após a queda do ex-presidente Bashar Assad.
As ruas, que antes eram adornadas com bandeiras de luto e tendas funerárias, estavam vazias. A ausência de peregrinos estrangeiros e a realização de rituais em ambientes controlados refletem um novo cenário de temor e vigilância. Os fiéis ainda mantiveram suas tradições dentro do santuário, mas com medidas de segurança rigorosas.
A situação de insegurança foi exacerbada por um ataque suicida em uma igreja nos arredores de Damasco, que deixou 25 mortos. Este incidente, atribuído ao grupo Estado Islâmico, aumentou a apreensão entre a comunidade xiita. Qassem Soleiman, coordenador entre a comunidade xiita e o novo governo, afirmou que os líderes concordaram em realizar as cerimônias de Ashoura, mas com restrições para evitar problemas.
A economia local também foi afetada pela falta de visitantes. Hotéis que costumavam estar lotados durante o Ashoura agora enfrentam grandes perdas. Um proprietário de hotel, conhecido como Abu Mohammad, lamentou a ausência de turistas, especialmente do Iraque, que tradicionalmente lotavam a região.
Apesar das dificuldades, alguns moradores expressam esperança de que a situação melhore no próximo ano. Soleiman destacou a importância da unidade entre as comunidades e a necessidade de um ambiente seguro para que as tradições possam ser celebradas abertamente novamente.
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