Hospital em Gaza enfrenta colapso iminente com ofensiva israelense em expansão

Crise no Hospital Nasser em Gaza

O hospital Nasser, o maior em funcionamento na região, enfrenta uma crise iminente devido à falta de combustível, enquanto a ofensiva israelense se intensifica em Khan Younis. Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, Israel lançou uma campanha militar em Gaza, resultando em mais de 57 mil mortes.

Na quinta-feira, o Nasser Medical Complex parou de admitir pacientes. Testemunhas relataram que tropas israelenses avançaram para um cemitério a apenas 200 metros do hospital, disparando contra acampamentos de deslocados. A situação se agravou com a escassez de combustível, que pode levar à interrupção de serviços essenciais, colocando em risco a vida de pacientes em estado crítico.

Situação Crítica

Os médicos do hospital alertaram que, sem combustível, os geradores de eletricidade podem parar em um dia, colocando em perigo a vida de pacientes dependentes de ventiladores. A equipe médica, que já lida com uma carga excessiva de trabalho, expressou sua preocupação em mensagens a jornalistas, afirmando que estão "mais próximos da morte do que da vida".

Na manhã de sexta-feira, relatos indicaram que as tropas israelenses se retiraram do cemitério, mas a situação continua tensa. Imagens divulgadas mostram áreas devastadas, com tendas queimadas e veículos destruídos. A distribuição de combustível para hospitais e instalações humanitárias em Gaza é um ponto de discórdia, com a IDF afirmando que a responsabilidade não é sua.

Conflito em Escala

Além da crise no hospital, um ataque aéreo israelense em Jabalia resultou na morte de um comandante do Hamas e outras sete pessoas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mencionou a possibilidade de um novo acordo de cessar-fogo e liberação de reféns, mas as negociações em curso enfrentam obstáculos, como a distribuição de ajuda humanitária e a retirada de tropas.

A situação em Gaza continua a se deteriorar, com a Organização Mundial da Saúde descrevendo o Nasser como uma "grande unidade de trauma". O hospital, que normalmente tem capacidade para 350 leitos, está tratando cerca de 700 pacientes, muitos deles vítimas de violência relacionada à distribuição de alimentos.