PCC se espalha por 28 países, incluindo França, Turquia e Japão; veja a lista completa

A Operação Narco Vela da Polícia Federal (PF) revelou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) está utilizando veleiros e barcos para transportar drogas, principalmente cocaína, para a África e Europa. O mapeamento do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) indica que a facção possui membros em pelo menos 28 países, com uma estrutura logística sofisticada.

Os carregamentos de drogas são enviados principalmente pelo Porto de Santos. O PCC, que começou sua trajetória em um presídio de Taubaté, conta com mais de 40 mil integrantes no Brasil e cerca de 2 mil no exterior. Os países com maior presença da facção fora do Brasil são Paraguai, Venezuela e Bolívia. Estima-se que os lucros anuais do PCC cheguem a US$ 1 bilhão.

Logística e Rotas

A presença do PCC em países vizinhos é facilitada por questões logísticas, segundo o promotor de Justiça Lincoln Gakiya. Ele destaca que essa presença ajuda na definição de rotas com países produtores de cocaína, como Bolívia, Peru e Colômbia. Além disso, o relatório do MP aponta que a facção tem se expandido para Ásia, com registros de membros até no Japão.

Recentemente, a prisão de Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, em Santa Cruz de La Sierra, levantou suspeitas sobre a presença de líderes do PCC na Bolívia, que abriga 146 integrantes da facção. O Paraguai e a Venezuela têm, respectivamente, 699 e 656 membros.

Expansão Internacional

Na Europa, Portugal é o país com o maior número de integrantes do PCC, totalizando 87. A facção também tem presença nos Estados Unidos, onde há 15 membros. A atuação do PCC não se limita ao tráfico de drogas; envolve também crimes como lavagem de dinheiro.

Uma megaoperação internacional recente resultou na apreensão de quase 4 toneladas de cocaína, avaliadas em € 228 milhões. As investigações revelaram uma estrutura logística que inclui narcolanchas e até um navio naufragado no Oceano Atlântico, evidenciando a complexidade das operações do PCC.