23 de jul 2025
Barragem chinesa de US$ 167 bi gera preocupações ambientais e tensão com a Índia
Barragem no Tibete gera tensões entre China e Índia, que teme impactos no abastecimento hídrico e no meio ambiente da região.

Rio Yarlong Tsangpo, região da mega usina que a China já está construindo (Foto: Adrienne Mong/NBC NewsWire / Getty Images)
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A China deu início à construção da maior barragem hidrelétrica do mundo no Tibete, um projeto que custará cerca de US$ 167 bilhões e pode levar até uma década para ser concluído. O premiê chinês, Li Qiang, lançou a obra em 19 de julho. A nova barragem, que superará a Barragem das Três Gargantas, visa aumentar a capacidade de geração de energia limpa da China, com uma expectativa de produção de 70 gigawatts.
Entretanto, o projeto gera preocupações ambientais significativas. Ambientalistas alertam que a construção pode causar danos irreversíveis ao desfiladeiro Yarlung Tsangpo, uma área rica em biodiversidade e que abriga uma reserva natural. A Campanha Internacional pelo Tibete destaca que barragens na região frequentemente resultam em deslocamento de comunidades locais e interrupção de seus meios de subsistência.
A situação é ainda mais delicada para a Índia, que depende das águas do rio Yarlung Tsangpo, que flui para o estado de Arunachal Pradesh e deságua no Brahmaputra, essencial para milhões de indianos. O membro do partido Bharatiya Janata, Tapir Gao, classificou a barragem como uma "monstruosidade", alertando que isso pode representar um desastre para o nordeste da Índia e para Bangladesh.
Recentemente, as relações entre Índia e China mostraram sinais de estabilização após um conflito de fronteira em 2020. Os países retomaram voos diretos e facilitaram a emissão de vistos. Contudo, o avanço da barragem reacende as tensões, com autoridades indianas temendo que a China possa restringir o fluxo de água como uma forma de pressão política.
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