28 de jul 2025
Tailândia e Camboja firmam acordo de cessar-fogo após tensões recentes
Conflitos entre Tailândia e Camboja resultam em novos confrontos e deslocam 300 mil pessoas, apesar do recente cessar fogo mediado.

O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, entre seus homólogos cambojano e tailandês, Hun Manet, à esquerda, e Phumtham Wechayachai, à direita, este lunes. (Foto: MOHD RASFAN / POOL - EFE)
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Os conflitos entre Tailândia e Camboja intensificaram-se após a morte de um soldado cambojano em maio, levando a uma escalada de tensões que resultou em confrontos armados. Em um recente acordo mediado na Malásia, os líderes dos dois países concordaram com um cessar-fogo imediato. No entanto, a Tailândia acusa o Camboja de violar o acordo, resultando em novos confrontos que deixaram pelo menos 35 mortos e deslocaram cerca de 300 mil pessoas.
O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, anunciou que o cessar-fogo, que entrou em vigor à meia-noite de 28 de julho, é um passo crucial para a paz. Hun Manet, primeiro-ministro cambojano, descreveu as negociações como frutíferas, expressando esperança de que a trégua permita que as comunidades afetadas voltem à normalidade. Por outro lado, o primeiro-ministro interino tailandês, Phumtham Wechayachai, manifestou desconfiança em relação às intenções cambojanas, afirmando que a Tailândia está comprometida com a paz, mas exige provas de boa-fé.
Deslocamentos em Massa
Os confrontos forçaram 138 mil tailandeses e mais de 140 mil cambojanos a deixar suas casas. A situação alarmou a comunidade internacional, levando à intervenção dos Estados Unidos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que ambas as nações respeitem o acordo e criem um ambiente propício para resolver as questões históricas que cercam a disputa territorial.
As hostilidades entre os dois países remontam a mais de um século, exacerbadas por disputas territoriais sobre um templo do século XI. O aumento da violência, que inclui bombardeios e troca de tiros, levou a um reforço militar nas fronteiras e restrições comerciais mútuas. Apesar das acusações de violação do cessar-fogo, ambos os países parecem dispostos a buscar uma solução pacífica para a longa disputa territorial.
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