06 de ago 2025
Rússia e China realizam treinamento conjunto de caça a submarinos após ameaça de Trump
Rússia e China intensificam exercícios navais no Pacífico, aumentando tensões com os EUA após ameaças de Donald Trump sobre submarinos nucleares

Navio de resgate submarino chinês Xihu participa de exercício com os russos no mar do Japão (Foto: Ministério da Defesa da Rússia)
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Dias após o presidente Donald Trump ameaçar a Rússia com o deslocamento de dois submarinos nucleares, forças navais da Rússia e da China realizaram exercícios no mar do Japão. A manobra, que começou no domingo (3), simulou a destruição de submarinos inimigos e envolveu helicópteros e aeronaves de patrulha de ambos os países.
Durante o exercício, a Frota do Pacífico da Rússia anunciou que um "submarino inimigo foi detectado e destruído na simulação". Embora a manobra tenha sido classificada como defensiva, ocorre em um contexto de crescente tensão entre os aliados e os Estados Unidos. Trump havia feito suas ameaças após um embate virtual com o ex-presidente russo Dmitri Medvedev, que criticou um ultimato americano para uma trégua na Guerra da Ucrânia.
Tensão e Retórica Agressiva
Medvedev, que atualmente é um dos expoentes da linha-dura do governo de Vladimir Putin, reagiu a comentários de Trump sobre a economia russa, fazendo alusão ao sistema de lançamento automático de mísseis nucleares conhecido como "Mão Morta". A retórica entre os líderes tem se intensificado, com Trump afirmando que os submarinos seriam deslocados, mas sem especificar se estariam armados com ogivas nucleares.
Após a conclusão do exercício, uma força conjunta de navios russos e chineses partirá em patrulha pelo Pacífico. Essa cooperação militar entre os dois países tem se intensificado nos últimos anos, especialmente desde a aliança estratégica firmada por Putin e Xi Jinping antes da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Alerta do Ocidente
A crescente colaboração entre Rússia e China tem gerado preocupação no Ocidente. O chefe da Otan expressou receios sobre um possível ataque conjunto das forças dos dois países, enquanto o Pentágono especula sobre a possibilidade de uso de armas nucleares, especialmente com a participação da Coreia do Norte, que possui cerca de 50 ogivas nucleares.
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