28 de jan 2025
Transparência Internacional critica governo Lula por falta de informações sobre Janja
A primeira dama Janja viajará a Roma em fevereiro para reuniões da ONU. Janja e sua equipe informal gastaram mais de R$ 1,2 milhão em viagens. A Justiça está em impasse sobre ação popular contra Janja por gastos públicos. Transparência Internacional critica falta de informações sobre sua agenda. Governo Lula planeja mudar a Lei de Acesso à Informação, mantendo sigilos.
Foto:Reprodução
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A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, viajará a Roma entre os dias 9 e 13 de fevereiro para participar de uma reunião que definirá a presidência da Aliança Global de Combate à Fome. Ela estará acompanhada pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, que destacou a importância da presença de Janja devido à sua experiência na área social. Além da reunião principal, Janja também participará de um encontro do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), vinculado à ONU.
Uma ação popular movida pelo vereador Guilherme Kilter (Novo) questiona a legalidade da estrutura de assessores de Janja, que conta com pelo menos 12 pessoas e já custou mais de R$ 1,2 milhão em viagens. O vereador pede a exoneração dos servidores e a desocupação do gabinete da primeira-dama no Palácio do Planalto. O caso está em impasse na Justiça, com o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidindo sobre a competência para analisar a questão.
A falta de transparência em relação à agenda e aos gastos da primeira-dama tem gerado críticas, especialmente da ONG Transparência Internacional Brasil. O diretor executivo, Bruno Brandão, afirmou que a informalidade em torno do papel de Janja não justifica a ausência de informações públicas, ressaltando que ela exerce uma função pública com uma intensa agenda de representação governamental. O governo Lula tem se recusado a fornecer dados sobre a atuação de Janja, alegando que ela não ocupa um cargo oficial.
Enquanto isso, o governo federal planeja apresentar um projeto de lei para acabar com o sigilo de 100 anos sobre informações públicas solicitadas via Lei de Acesso à Informação (LAI). A proposta, que visa aumentar a transparência, surge em meio a críticas sobre a falta de divulgação das atividades da primeira-dama. A ONG Fiquem Sabendo e outros veículos de comunicação têm solicitado informações sobre a agenda de Janja, mas o governo tem negado os pedidos, alegando que ela não possui obrigações de divulgação pública.
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